Sem atuação do Banco Central, investidores testaram patamares mais baixos da moeda americana, segundo agentes do mercado. Dólar seguiu o movimento de moedas no exterior e uma leve melhora dos mercados internacionais.
O dólar caiu ante o real nesta segunda-feira (9/4), pela segunda semana seguida, seguindo o movimento de moedas no exterior e uma leve melhora dos mercados internacionais.
Sem atuação do Banco Central, investidores também testaram patamares mais baixos da moeda americana, segundo agentes do mercado.
O dólar fechou a sessão com perdas de 0,31%, a R$ 1,8190, fechando um pouco abaixo de R$ 1,82 depois de sete sessões seguidas acima desse patamar.
Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 1,8174 na mínima e R$ 1,8295 na máxima.
"Os mercados tiveram alguma melhora lá fora... Na minha avaliação, os números de criação de vagas nos Estados Unidos, podem não ter sido tão ruins", disse o economista-chefe da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.
Ele referiu-se ao desempenho do mercado de trabalho nos Estados Unidos em março, bem abaixo do esperado, divulgado na última sexta-feira (6/4), quando os mercados estavam fechados.
Os números fizeram o dólar chegar a subir ante o real pela manhã com o cenário de maior aversão ao risco. Para Barbutti, no entanto, o mercado apresentou baixo volume de negócios nesta segunda-feira.
"A liquidez fraca também está atrapalhando porque a Europa não abriu. Vamos ver como vai ser a reação dos mercados amanhã", afirmou, referindo-se ao fato de os mercados europeus estarem fechados nesta segunda-feira por causa de feriado.
No exterior, o dólar também tinha desvalorização de cerca de 0,15% frente a uma cesta de moedas.
BC de fora
Para o economista, a queda do dólar ainda se acentuou durante a tarde depois que ficou claro que o BC não iria atuar, com investidores aproveitando a ausência da autoridade monetária no mercado.
Um operador que prefere não ser identificado também acredita que o movimento do dólar ante o real seguiu o movimento de outras moedas no exterior, além da falta de intervenção do BC. "O mercado costuma testar o patamar de R$ 1,80", disse.
A última vez que o BC fez um leilão de compra de dólares foi na terça-feira passada. O BC tem feito intervenções esporádicas, ficando menos previsível para o mercado.
Fonte: Brasil Econômico
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