Brasília – A participação do Brasil no total da produção industrial dos países em desenvolvimento caiu de 7,99% em 2000 para 5,4% em 2009. A informação, que confirma a perda de espaço da indústria na produção da riqueza brasileira, foi dada pelo gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Ele participou nesta terça-feira, 24 de abril, da audiência pública sobre o processo de desindustrialização na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados.
Segundo Castelo Branco, a indústria participa hoje com 14,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, nível semelhante ao de países desenvolvidos, mas sem que o Brasil possua o mesmo nível de produção industrial e a mesma renda per capita. “Essa relação mostra que a indústria perdeu importância na economia brasileira de forma precoce. O setor teria de estar contribuindo mais para gerar emprego e renda”, enfatizou.
O gerente-executivo de Política Econômica da CNI enumerou, entre os fatores que tem levado à perda do peso da indústria no PIB, a mudança do eixo dinâmico da economia para a Ásia, uma política econômica baseada em gastos públicos elevados, juros altos e câmbio valorizado, além de custos estruturais, como um sistema tributário perverso e uma legislação trabalhista anacrônica.
A perda de importância da indústria na economia, assinalou na audiência pública da CTASP o diretor de Estudos Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Eduardo Fernandez da Silveira, “reflete um quadro que deve preocupar o país”. A razão está na constatação de que os investimentos da indústria têm um efeito irradiador muito forte sobre a economia, avaliou Silveira.
A perda de importância da indústria na economia, assinalou na audiência pública da CTASP o diretor de Estudos Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Eduardo Fernandez da Silveira, “reflete um quadro que deve preocupar o país”. A razão está na constatação de que os investimentos da indústria têm um efeito irradiador muito forte sobre a economia, avaliou Silveira.
Outro aspecto destacado por Silveira foi o acelerado crescimento das importações. “Em um período de menos de 10 anos, o volume importado em relação ao consumido pela produção industrial passou de 11% para 22,8%. Isso mostra que o setor industrial está virando importador em um ritmo muito veloz”, concluiu o diretor do IPEA.
Fonte: CNI
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