Por Juçara Menezes
MANAUS – O crescimento populacional tornou-se a maior problemática para o meio ambiente na atualidade. Estatística de despejo de resíduos solídos pelos brasileiros revela uma situação que preocupa ambientalistas: uma média de 1 a 1,5 kg por dia. Considerando o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Manaus tem cerca de 1,8 milhão de moradores. O resultado é uma produção mínima de 1,8 milhão de resíduos diários, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN), Rogério Iório.
Segundo ele, outros fatores podem comprovar a teoria de degradação ambiental pelo homem. Em 1500, ano da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, a população de não-índios era zero. Já em 1970, chegamos a 90 milhões e, em 2010, dobramos este número. A consequência é a poluição do solo, das águas dos igarapés e rios e da precariedade na saúde pública. A falta de saneamento básico agrava a poluição dos lençóis freáticos causada pelo descarte inadequado do lixo. Resultado: índice de 70% dos leitos de hospitais ocupados em todo o País.
A preocupação maior do ambientalista deve-se às distâncias e a ausência de rotas terrestres entre os municípios do Amazonas. As cidades não conseguem fazer a destinação correta ou os 3R – reaproveitamento, reuso e reciclagem – por falta de verba. “Sabemos das dificuldades das prefeituras. É preciso ter uma ação maior dos governos para socorrer os municípios. Além disso, queremos envolvimento da sociedade, do poder público e das empresas, que devem dar uma destinação correta aos resíduos gerados”, disse.
Os dados foram apresentados pelo ecologista durante a 6ª Conferência Latino-americana de Preservação ao Meio Ambiente, realizada em Manaus até o próximo domingo (22). Em sua palestra ‘Sustentabilidade: o caminho que pode mudar o mundo’, ele falou sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Amazon Sat recebe selo de Parceiros da Natureza
A Conferência também homenageou empresas “amigas” do meio ambiente. O Amazon Sat recebeu o Selo de Empresa Neutra de Carbono e o de Parceiro da Natureza. Para a neutralização, é preciso compensar os gastos de deslocamento de equipe, por exemplo, com o plantio de mudas há cinco anos.
O próprio IBDN faz o cálculo do consumo e assinala a quantidade a ser reposta. “Na última vez que realizamos o projeto, no bairro Cidade Nova, cultivamos o dobro do exigido. Estes dois reconhecimentos vão de encontro com o nosso valor, de ser a cara e a voz da Amazônia e do Amazônida”, afirmou o gestor do Núcleo Social e Ambiental do canal, Menderson Coelho.
Fonte: JMA-Jornal Meio Ambiente | Portal Amazônia
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