Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

domingo, 22 de abril de 2012

Metade dos professores da zona rural possuem formação inadequada



rural
Atualmente existem 6,2 milhões de alunos na zona rural/Foto: 
Jovem Rural
A lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) exige que quem ensina tenha o curso de licenciatura completo. Porém, 49,9% dos professores do ensino fundamental e médio, atuantes na zona rural, não possuem a formação. Na zona urbana, a taxa de docentes dessas etapas, que não têm a formação obrigatória, é de 14%. Além desta questão, o ensino do campo também enfrenta obstáculos como o da infraestrutura das escolas e a definição de linhas pedagógicas.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), atualmente a zona rural possui 76 mil escolas, 6,2 milhões de alunos e cerca de 342 mil professores sem a formação básica exigida. Com o objetivo de solucionar a defasagem educacional, o MEC lançou em março de 2012, o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), que deve atuar em quatro eixos: 
  • Gestão e práticas pedagógicas
  • Educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica
  • Infraestrutura física e tecnológica
  • Formação de professores
Para atingir as metas, outros programas do MEC também serão utilizados no processo, como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), Mais Educação e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Estão previstas a ampliação de oferta de cursos de licenciatura, a expansão dos polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e as ofertas de aperfeiçoamento e especialização específicos para a realidade do campo e quilomba. O investimento anual do projeto será de R$ 1,8 bilhão.
Aproximadamente 75% dos docentes que atuam na zona rural são mulheres, de 36 anos. Na área urbana, as mulheres representam 81,5% do total e a média de idade é de 39. No geral, os professores do campo são mais novos que os da cidade.
Perfil
Uma das principais características da educação rural é a sala multisseriada, que consiste em uma turma de estudantes com idades diferentes e um único professor. De acordo com o MEC, a organização escolar é permitida pela legislação e assegura o acesso de mais jovens do campo à educação.
Dados do Ministério afirmam que 71% dos colégios do campo têm classes multisseriadas, o que possibilita o atendimento de 22% dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para atender essa demanda, o Pronacampo prevê a disponibilização de materiais didáticos e pedagógicos específicos, além da formação e o acompanhamento pedagógico para todas às escolas com essas turmas.

Fonte: JMA-Jornal Meio Ambiente | EcoD. Informações do Portal Todos Pela Educação*

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