A perspectiva do presidente do banco, Luciano Coutinho, é para uma forte aceleração dos desembolsos a partir do segundo semestre do ano que vem como resultado da materialização das novas concessões.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê desembolsar cerca de R$ 30 bilhões em 2013 para financiar investimentos na área de energia e logística (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos), alvo de um conjunto de concessões autorizadas pela presidente Dilma Rousseff este ano.
A perspectiva do presidente do banco, Luciano Coutinho, é para uma forte aceleração dos desembolsos a partir do segundo semestre do ano que vem como resultado da materialização das novas concessões.
"Já começamos a sentir impacto das concessões de rodovias e de aeroportos feitas nesse ano, mas com os novos planos devemos ter forte aceleração no segundo semestre de 2013", afirma.
Apenas com o programa de portos, as empresas poderão obter financiamentos via BNDES de R$ 35 bilhões do total dos investimentos de R$ 54,2 bilhões previstos para serem realizados até 2017.
Coutinho prevê uma taxa de crescimento de pelo menos 20% ao ano dos empréstimos na área de infraestrutura como resultado direto das concessões anunciadas por Dilma em 2012. "Isso significa que a carteira do banco (na área de infraestrutura) tende a ter um peso maior para o nos próximos anos", afirma ao ressaltar que os setores de energia e de logística serão os de maior crescimento nos próximos anos.
Por conta das primeiras experiências de concessão rodoviárias e de aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas, já lançadas neste ano, os desembolsos do BNDES para logística chegará a R$ 23,4 bilhões, um crescimento estimado de 25% quando comparado aos R$ 18,7 bilhões registrados em 2011. Para 2013, caso as projeções se confirmem, a expansão dos desembolsos será de 28%.
Os BNDES ainda calcula o resultado final de 2012 que teve impulso maior neste segundo semestre. Até o fim do primeiro semestre deste ano, os desembolsos com operações diretas na área de logística e energia chegaram a R$ 7,9 bilhões. Considerando as operações indiretas (feitas por meio de bancos comerciais), o resultado foi de R$ 22,8 bilhões.
Como resultado das concessões, há a perspectiva de que as operações totais do banco para infraestrutura atinjam R$ 60 bilhões, o que considera valores liberados para outras áreas como telecomunicações e demais serviços de utilidade pública, e nas quais também são auferidas as operações de desembolsos indiretas.
O valor chegará a 40% do total dos desembolsos de R$ 150 bilhões previstos para este ano nos setores de indústria, comércio, agropecuária, além da infraestrutura.
Considerando a taxa de crescimento médio de 20% prevista para os próximos anos, os recursos para infraestrutura poderão ultrapassar os R$ 70 bilhões.
Segundo dados do Ministério da Fazenda e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), os investimentos em infraestrutura no país (considerando saneamento básico, telecomunicações, transportes, energia elétrica e petróleo e gás) deverão chegar a R$ 194 bilhões em 2012, um crescimento real de 6% quando comparado com 2011.
Deste valor, os desembolsos totais do BNDES em operações diretas e indiretas com as empresas para financiar obras de infraestrutura corresponderão 32,7%. "O programa de logística é importante para que o Brasil continue reduzindo as barreiras ao investimento", afirma Coutinho.
Fonte: Brasil Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário