Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sábado, 18 de agosto de 2012

Projetos de ICTs resultaram em retorno financeiro de R$ 70 milhões


O coordenador geral de Inovação Tecnológica da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec/MCTI), Reinaldo Danna, afirmou que os projetos de instituições científicas e tecnológicas (ICT) incorporados por empresas, no ano passado, resultaram um retorno financeiro de aproximadamente R$ 70 milhões.

Danna participou nesta quinta-feira (16), da 7ª edição do Congresso Abipti, em Brasília. “Nós verificamos que, em 2011, um número razoável de contratos, cerca de 1.700, foram firmados dentro de uma pequena dimensão de ICTs (176), que nos enviaram seus dados. Isso representa um valor expressivo, mais de R$ 200 milhões gerados na relação entre universidade e empresas. Em termos de retorno dos projetos contratados, temos algo em torno de R$ 70 milhões, que voltaram para os ICTs”, avaliou.

O cálculo foi estabelecido a partir dos dados remetidos ao MCTI, através do Formulário para Informações sobre a Política de Propriedade Intelectual das Instituições Científicas e Tecnológicas do Brasil (Formict). Do total, 145 instituições apresentaram-se como públicas e outras 31 privadas. Segundo Danna, “o nosso objetivo maior é fazer com que nossa capacidade de geração de conhecimento seja transferida para as empresas”.

Danna lembrou ainda que a crise econômica mundial propicia que os pesquisadores brasileiros desenvolvam maior quantidade de projetos em seu país de origem. “A mobilidade do pesquisador é sempre interessante. A lei (Inovação) ajudou para que os pesquisadores brasileiros trabalhem aqui”, afirmou. O coordenador acrescentou que “no caso do desenvolvimento de tecnologia, e essa sendo de posse da instituição ou em copropriedade do autor, na exploração comercial como no licenciamento do direito de propriedade, uma parte do valor obtido retorna para o pesquisador ou para a equipe que desenvolveu aquela pesquisa. Isso já é um estímulo para novas pesquisas”. 

A Lei de Inovação estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do país.

O ambiente favorável para a inovação no Brasil foi outro fator explorado durante a palestra. “A inovação hoje é adotada como um ponto de alavancagem de competitividade das empresas. Ainda que lentamente, temos um quadro mais favorável para que os pesquisadores brasileiros fiquem no país e aqueles que estão no exterior voltem. Nós temos alguns programas que fomentam esta questão, como é o caso do programa Ciência sem Fronteiras”. 

Crescimento 

Com relação à implantação da política de inovação, observou-se um crescimento de instituições que informaram possuir documentos formais com diretrizes que norteiam a atuação da instituição nas ações ligadas à inovação. Em 2010, 65,2% das instituições apontaram inovações. Em 2011, este percentual subiu para 71,6%. 

Segundo o coordenador geral da Academia da Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI/MDIC), Araken Alves de Lima, a formação de recursos humanos é também um instrumento de competitividade para as instituições.

“Nós temos procurado concentrar grande parte dos nossos esforços para contribuir na capacitação e formação dos agentes nacionais do sistema de inovação, utilizando o sistema de propriedade intelectual, não somente pelo aspecto da proteção, mas também como um instrumento de capacitação para entendimento das dinâmicas tecnológicas atuais, assim como um instrumento de competitividade”, assinalou.

Danna acrescentou que o padrão econômico estabelecido atualmente no país deve considerar também o conhecimento tecnológico gerado internamente para impulsionar a riqueza. “Sabemos que hoje, o comércio internacional é muito forte em função do conteúdo de conhecimento tecnológico que está embutido nos produtos. Não adianta ficarmos insistindo numa estratégia de exportação de commodities, quando existem coisas mais complexas e mais caras que fazem uma diferença grande em termos de retorno”, concluiu. 

Fonte: MCIT

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