São Paulo – O setor de serviços foi o que mais criou postos de trabalho no mês de julho, com 172 mil novas vagas, em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal, apontou levantamento divulgado hoje (29) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), as vagas no setor representam aumento de 1,5% na comparação com junho.
As ocupações no setor de construção também tiveram um leve incremento, de 0,2%, em relação a junho, com 3 mil novas vagas. Os demais setores, por sua vez, tiveram decréscimo em julho: indústria de transformação (-1,3%) e comércio e reparação de veículos (-0,5%), com menos 39 mil e 17 mil postos de trabalho, respectivamente. “Em termos anuais, no entanto, o melhor resultado fica para a construção, com 119 mil novas vagas, que representam 8% de aumento”, explicou a técnica do Dieese Ana Maria Belavenuto.
Ana Maria Belavenuto avalia que o setor industrial poderá retomar a atividade neste segundo semestre, o que teria impacto também na geração de postos de trabalho. “Alguns indicadores apontam para essa retomada, tanto em termos da expectativa dos empresários, quanto da própria dinâmica econômica, quando começam a chegar encomendas”, estimou.
Em relação ao rendimento médio real dos ocupados, houve aumento de 1,4% na região metropolitana de Fortaleza, passando a valer R$ 997. “Essa região, apesar de possuir o menor rendimento médio, vem crescendo continuamente”, analisa a técnica. Também houve acréscimo de 1,2% nesse quesito, em Salvador (R$ 1.030), e de 2,5%, em São Paulo (R$ 1.658).
Foram registradas reduções em Belo Horizonte (-1,5%, com renda média de R$ 1.359), Distrito Federal (-2,2%, com renda de R$ 2.192) e Porto Alegre (-1,4%, com rendimento médio de R$ 1.536). Recife manteve-se estável com renda média de R$ 1.092.
A PED mostra, ainda, que a taxa geral de desempregados permanece estável pelo quarto mês consecutivo, em 10,7%. A estimativa é que o total de desocupados alcance 2,419 milhões trabalhadores. “Essa estabilidade é fruto, certamente, da conjuntura de incertezas da economia, tanto a doméstica, quanto a internacional”, analisou o economista do Seade Alexandre Loloian, coordenador de Análise da pesquisa.
Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego no país. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes, devido aos conceitos e metodologia usados.
Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. O Dieese e a Fundação Seade não calculam o número de desempregados da região metropolitana do Rio de Janeiro. E, na pesquisa do IBGE, não estão incluídas as regiões metropolitanas de Fortaleza e do Distrito Federal.
Fonte: Agência Brasil
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