Com mais um dado apontando para a desaceleração do gigante asiático, as moedas dos países emergentes tem um pregão de queda frente ao dólar nesta quinta-feira (23/8).
Ante o real, a divisa americana avançava 0,34%, negociada a R$ 2,026 para venda, e contra o dólar australiano, os ganhos eram de 0,46%, a US$ 1,0458.
No entanto, o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas, recuava 0,21%, aos 81.321 pontos, denotando o impacto do número chinês entre as nações emergentes.
O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) do gigante asiático recuou de 49,3 pontos em julho para 47,8 pontos em agosto, o menor nível dos últimos nove meses.
"O índice ficou abaixo dos 50 pontos pelo décimo mês consecutivo, é a maior sequência de queda desde o início da série histórica. É isso que está levando as perdas das moedas ligadas às commodities, e aqui estamos seguindo esse movimento", comenta Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB.
O movimento de perda do real hoje é um reflexo do dado chinês, e não deve ser visto como uma tendência para o mercado doméstico nos próximos dias, que ainda é de baixa para o dólar, segundo o especialista.
"Ainda mais se o Fed promover uma nova rodada de estímulo, que vai gerar uma pressão muito forte para o real romper o patamar de R$ 2,00", ponderou. "Caso isso aconteça, o BC vai ter de intensificar suas ações para defender com mais veemência o patamar".
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa opera próxima da estabilidade, após a forte alta da véspera provocada pela ata do Fomc.
Mais negociado, com giro de R$ 11,521 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2013 subia de 7,30% para 7,31%, enquanto o para janeiro de 2014 operava estável a 7,94%, com volume de R$ 11,137 bilhões.
"A curva está refletindo mais um fator técnico do que alterações nas apostas da política monetária", disse Rostagno.
Fonte: Brasil Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário