Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Com preços sob controle, China terá novos cortes de juros


Dados fracos de inflação e de produção industrial levaram o Barclays a revisar para baixo sua projeção para o crescimento do PIB chinês em 2012.

A divulgação do dado de inflação na China, no menor nível desde fevereiro de 2010, certamente dará força para que o Banco Popular da China (PBC, na sigla em inglês) promova mais dois cortes na taxa básica de juros, de acordo com análise de Andy Ji, do banco australiano Commonwealth Bank.

O afrouxamento da política monetária visa reaquecer o nível da atividade econômica durante o segundo semestre de 2012.

Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor chinês avançou 1,8%, frente ao mesmo mês do ano anterior. Na aferição anterior, a taxa foi de 2,2%.

As condições monetárias da economia chinesa, na avaliação do especialista, estão em níveis bem abaixo de sua média histórica.

O objetivo da autoridade asiática não deve ser o de promover uma agressiva flexibilização em sua política de juros, mas apenas de reduzir o atual nível da taxa para permitir a retomada da economia, avalia o analista do Commonwealth.

Os dados de produção industrial que também foram divulgados na China nesta quinta-feira (9/8), e que ficaram abaixo do esperado pelo mercado, levaram os analistas Jian Chang, Yiping Huang, e Steven Lingxiu Yang, do Barclays, a reduzir sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do gigante em 2012, de 8,1% para 7,9%.

A produção industrial chinesa cresceu 9,2% em julho, após uma alta de 9,5% no mês anterior. O consenso dos analistas apontava para uma taxa de 9,7%.

"Continuamos esperando por uma modesta e gradual recuperação, com crescimento do PIB de 7,7% no terceiro trimestre e de 8,1% no quarto, mas acreditamos que mais estímulos do governo são necessários", afirmam os analistas do Barclays.

O risco de uma retomada lenta da economia chinesa é maior do que a de pressões inflacionárias, portanto o governo deve flexibilizar sua política monetária e promover novos estímulos fiscais para alcançar uma taxa de crescimento de 8%, de acordo com a avaliação da equipe do banco britânico.

Em um histórico recente, a deflação do Índice de Preços ao Consumidor da China sempre coincidiu com períodos de queda acentuada da demanda externa e lento crescimento da economia, segundo os especialistas.

Fonte: Brasil Econômico

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