Para o economista, o ataque de pessimismo que ocorre no Brasil deve perder força com os novos estímulos anunciados pelo governo.
A expectativa que vem sustentando uma recente melhora no humor dos investidores, em relação a novos anúncios de estímulo por parte de bancos centrais ao redor do mundo, pode se mostrar daqui alguns meses motivo para novas ondas de pessimismo.
Isso porque, caso os estímulos realmente ocorram, o excesso de liquidez no mercado poderá acarretar em novos desequilíbrios fiscais e cambiais.
"Quando todos tiverem liquidez, vamos morrer afogados", afirmou o economista Antonio Delfim Netto.
A crise europeia, na avaliação do ex-ministro, está tão distante de um desfecho positivo mais por conta de intrigas políticas do que pela falta de capacidade da região de se levantar pelas próprias pernas.
"O que está acontecendo na Europa é um jogo. É verdade que o grego comeu demais, mas não tem como ‘descomer'", ponderou Delfim Netto.
Para o economista, uma das razões pela qual a Europa se mobilizou para criar um bloco unificado foi de evitar novas guerras dentro da região, e esse mesmo motivo também deve ser levado em consideração no momento em que se ventila a possibilidade de desintegração da Zona do Euro.
"Não tem nenhum país como uma situação fiscal como a nossa", disse Delfim Netto, que espera por um crescimento do PIB brasileiro pouco abaixo de 2% para este ano.
Fonte: Brasil Econômico
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