Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

IPCA - Alimentos pressionaram preços em 2013

Problemas com safra no Brasil e demanda externa foram os principais fatores para a inflação do grupo no ano passado, de 8,48%

Rio - O grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou no bolso do consumidor durante o último ano. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) comer dentro e fora de casa ficou 8,48% mais caro, mas ainda abaixo da variação de 9,86% observada em 2012.

De acordo com a coordenadora da pesquisa de Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina dos Santos "os problemas climáticos e a maior competitividade de alimentos brasileiros no mercado internacional diminuíram a demanda interna e pressionaram os preços em todos o país".

Segundo o IBGE, as despesas com alimentação ocuparam parte significativa do orçamento das famílias em 2013 e ajudaram a impulsionar a inflação anual que fechou o ano em 5,91%. O item alimentação aumentou em todas as regiões pesquisadas, com destaque para Recife, onde o grupo apresentou inflação de 9,47%, seguido por Porto Alegre (9,36%) e Rio de Janeiro (9,34%).

Os alimentos consumidos fora de casa foram os que mais subiram no ano passado, com aumento de 10,07%, depois de alta de 9,51% de 2012.

Desde 2004, o grupo acumula 92,02% de inflação. Na alimentação fora do domicílio, os itens que mais subiram foram o lanche (12,28%), o café da manhã (12,01%) e o cafezinho (11,78%). Já os alimentos que registraram as maiores altas em 2013 foram o chá, a farinha de trigo, a farinha de mandioca e a batata inglesa.

Na contramão, os alimentos que ficaram mais baratos foram o feijão carioca, com retração de 17,32%; o óleo de soja (-17,09%) e o açúcar refinado (-14,47%).

De acordo com a coordenadora de índice de preços do IBGE, os problemas de safra na Argentina, e a diminuição da área plantada ajudaram na escalada do preço do trigo, o que influenciou no aumento de preços dos derivados, como o do pão francês. O aumento dos preços dos alimentos afetaram o preços dos combustíveis, pois aumenta os custos de frete, repassados ao consumidor.

Segundo Eulina dos Santos, para o início de 2014, os principais impactos de alta sobre os preços devem ser exercidos pelos reajustes de tarifas de transporte público, pedágio e táxi previstos em algumas cidades do país.

Fonte: Brasil Econômico

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