LONDRES, 28 Jan (Reuters) - A economia britânica registrou em 2013 o ritmo anual de crescimento mais rápido desde a crise financeira, apesar de uma ligeira desaceleração nos três últimos meses do ano, mostraram dados oficiais nesta terça-feira.
Dando suporte a expectativas de um 2014 forte, o Produto Interno Bruto britânico cresceu 0,7 por cento no quarto trimestre, informou a Agência Nacional de Estatísticas, em linha com a estimativa de economias de uma pequena redução em relação ao ritmo do terceiro trimestre.
O resultado trimestral levou a Grã-Bretanha a uma expansão de 1,9 por cento em 2013, ante apenas 0,3 por cento no ano anterior. Esse é maior nível desde 2007, embora a produção total ainda esteja 1,3 por cento abaixo do pico pré-crise financeira alcançado nos três primeiros meses de 2008.
O ritmo rápido de crescimento --que está acima da tendência de longo prazo da Grã-Bretanha-- deve aumentar a especulação sobre quando banco central britânico elevará as taxas de juros em mínima recorde.
O presidente do BC britânico, Mark Carney, disse que não há necessidade de elevar as taxas em breve, pois a produção total da Grã-Bretanha ainda está bem abaixo dos níveis anteriores à crise.
Mas o desemprego tem diminuído de modo bem mais rápido do que o banco havia previsto em agosto, levantando dúvidas sobre o resultado das pressões inflacionárias de longo prazo na economia.
Uma longa lista de indicadores econômicos nos últimos meses sugeriu que a economia britânica está se recuperando mais rapidamente do que autoridades e analistas independentes haviam projetado.
Dados da Confederação da Indústria Britânica divulgados nesta terça-feira sugerem que o forte crescimento de 2013 continuou em janeiro.
Números na semana passada mostrando que o desemprego britânico caiu para perto do nível em que o banco central consideraria um aumento na taxa de juros, mas o BC destacou que não tem pressa para agir.
A produção no setor de serviços britânico --que representa mais de três quartos do PIB --avançou 0,8 por cento no quarto trimestre, mantendo seu ritmo ante os meses anteriores, que foi o mais veloz em um ano.
Mas a produção industrial desacelerou para 0,7 por cento, ante 0,8 por cento, já que o avanço mais forte da manufatura desde o terceiro trimestre de 2010 se mostrou insuficiente para compensar a queda na produção de gás natural e petróleo no Mar do Norte.
A construção, que responde por menos de 8 por cento do PIB, caiu 0,3 por cento, refletindo um mês de novembro fraco.
Fonte: Reuters Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário