Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dólar tem queda de 1,36% ante o real, maior em 1 mês, sob expectativa de estímulos nos EUA

O dólar fechou com queda superior a 1 por cento ante o real nesta sexta-feira, a maior em mais de um mês, após dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos piores do que o esperado sugerirem que o estímulo econômico do país pode continuar sendo reduzido gradualmente.

A moeda norte-americana recuou 1,36 por cento, para 2,3650 reais na venda. É a maior queda registrada pela divisa no fechamento desde 6 de dezembro, quando recuou 1,37 por cento, e foi suficiente para anular a alta de quase 1 por cento nos últimos quatro pregões e que a havia aproximado de 2,40 reais.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.

"Os dados sugerem que a recuperação da economia dos EUA não é tão forte quanto se esperava, levando o Federal Reserve a manter o estímulo por mais tempo do que o previsto", afirmou o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flavio Serrano, referindo-se ao banco central norte-americano.

A maior economia do mundo abriu 74 mil postos de trabalho em dezembro, pior resultado desde janeiro de 2011 e abaixo da estimativa de analistas, que previam 196 mil.

Investidores vinham antecipando leitura positiva sobre o mercado de trabalho, o que poderia levar o Fed a acelerar o processo de redução do programa de compras mensais de títulos, limitando ainda mais a oferta global de liquidez. Em dezembro, o banco central anunciou o primeiro corte no estímulo, de 10 bilhões de dólares, para 75 bilhões de dólares ao mês.

Nas últimas sessões, o dólar vinha flertando com o patamar de 2,40 reais, identificado pelo mercado como um importante nível de resistência.

Segundo analistas, essa forte alta contribuiu para tornar a queda do dólar ante o real mais intensa do que o visto em outros mercados de perfil semelhante. Contra o peso mexicano, por exemplo, a divisa norte-americana recuava cerca de 0,80 por cento no final da tarde.

"O dólar chegou a um patamar muito alto. Com notícia favorável à queda, era de se esperar que a ela fosse forte mesmo", afirmou o economista da H.Commcor Waldir Kiel.

O tombo foi ajudado ainda pela constante atuação do Banco Central brasileiro no câmbio. Nesta sessão, deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de 4 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalentes a venda futura de dólares-- com vencimento em 2 de maio de 2014. A operação teve volume financeiro equivalente a 199,2 milhões de dólares.

Fonte: Reuters Brasil

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