Dados da Comissão Europeia apontam para um crescimento da região de 0,5% no segundo semestre de 2013; para 2014, a expansão seria de 1,4% e de 1,9% em 2015.
GENEBRA - A Europa estaria vivendo um "ponto de virada" em sua pior crise em 70 anos. Mas as taxas de desemprego continuarão elevadas e o crescimento será baixo nos próximos anos. Dados divulgados nesta terça-feira, 5, pela Comissão Europeia indicam que o segundo semestre de 2013 deverá registrar um crescimento de 0,5%. Para 2014, a expansão do PIB seria de 1,4% e de 1,9% em 2015.
"Há sinais cada vez mais claros de que a economia europeia atingiu um ponto de virada", declarou Olli Rehn, comissário de Economia da UE.
Para 2013, a projeção é de um crescimento nulo. Mas a estimativa é melhor que as previsões feitas em maio deste ano, quando a UE ainda previa uma contração da economia europeia para este ano.
Apesar dos números apontando para uma retomada do crescimento, o bloco admite que a recuperação será gradual e lenta. Um dos problemas é que a certa estabilização dos mercados financeiros e as taxas de juros não se traduziram ainda em ganhos para a economia real.
Prova desse crescimento lento e incerto é o fato de que a Comissão reduziu a projeção de expansão do PIB da zona dos 18 países que usam o euro para 2014. Inicialmente, a ideia era de que o bloco teria um crescimento de 1,2%. Mas o novo dado aponta para 1,1%. Um dos obstáculos seria a baixa taxa de investimentos.
Outra constatação dos europeus é de que a recuperação ainda levará anos para desfazer a crise social criada no bloco nos últimos cinco anos. As atuais taxas de desemprego deverão continuar elevadas e apenas em 2015 é que ela começaria a reduzir, para atingir 11,8% da população.
Países. Entre os países avaliados, um dos destaques foi a revisão para cima do crescimento do Reino Unido, passando de 0,6% de previsão original em 2013 para um novo prognóstico de 1,3%. Para 2014, a economia britânica aumentaria em 2,2%.
A recessão na Grécia continuará. Mas será mais leve que nos últimos anos. Em 2013, o PIB do país sofrerá uma contração de 4%.
Já a Espanha sofrerá uma contração de 1,3% de seu PIB em 2013. Mas voltará a registrar uma expansão de sua economia em 2014 em 0,5%.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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