Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Dólar sobe 1,64% e volta a R$2,30 após Fed sugerir corte no estímulo nos EUA

SÃO PAULO, 21 Nov (Reuters) - O dólar subiu mais de 1 por cento nesta quinta-feira, maior alta em mais de duas semanas e voltou ao patamar de 2,30 reais, reagindo aos novos sinais de que o início da redução do programa de estímulos nos Estados Unidos pode ocorrer em breve.

A moeda norte-americana avançou 1,64 por cento, para 2,3073 reais na venda. É a maior alta para a divisa no fechamento desde 5 de novembro, quando subiu 1,98 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,6 bilhão de dólares.

"Agora voltou o assunto com relação à retirada de estímulos do Fed (mais cedo). Com isso, o mercado volta a trabalhar com mais aversão ao risco, esperando redução dos incentivos nos próximos meses", afirmou o operador de um banco nacional, sob condição de anonimato.

A ata da última reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, divulgada na quarta-feira, sugere que pode começar a retirar seu agressivo programa de compra de ativos, no valor de 85 bilhões de dólares mensais, em uma de suas próximas reuniões, desde que o crescimento econômico permita isso, ampliando os temores da redução na liquidez dos mercados internacionais.

Outras moedas de perfil semelhante ao real também perdiam força ante o dólar. O dólar australiano, por exemplo, recuava cerca de 1,20 por cento ante a moeda norte-americana. Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, o viés de alta do dólar era mais expressivo no Brasil devido às persistentes preocupações com a situação fiscal do país.

Essa ansiedade ganhou fôlego nesta sessão após o Congresso Nacional aprovar na noite passada projeto que desobriga a União cobrir a meta de superávit primário de Estados e municípios neste ano, caso não consigam cumpri-la integralmente.

"Essa medida é uma sinalização ruim por parte do governo e traz preocupações aos mercados", afirmou Rostagno.

A forte alta do dólar ocorreu mesmo com a atuação do Banco Central brasileiro no mercado cambial, vendendo a oferta total de 20 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda futura de dólares-- na sexta etapa de rolagem dos contratos que vencem em 2 de dezembro. Com as seis operações, a autoridade monetária já rolou 58,7 por cento do lote total.

Durante a manhã, o BC também deu continuidade às suas intervenções diárias, com a venda de 4.900 contratos com vencimento em 5 de março e 5.100 em 2 de junho de 2014. O volume financeiro foi de 497 milhões de dólares.

Fonte: Reuters Brasil

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