PEQUIM, 20 Nov (Reuters) - Com uma mudança no tom e na linguagem, o presidente do banco central da China reforçou as perspectivas de acelerar uma reforma cambial e dar aos mercados mais espaço para definir a taxa de câmbio do iuane, sublinhando planos mais amplos para as mudanças econômicas.
Sob o comando de Zhou Xiaochuan, o banco central chinês tem consistentemente sinalizado sua intenção de liberalizar os mercados financeiros e permitir que o iuane seja negociado mais livremente, antes mesmo de o alto escalão do Partido Comunista ter anunciado na semana passada o conjunto mais ousado de reformas econômicas e sociais em quase três décadas.
Mas desde que o plano de reforma de 60 pontos foi lançado, Zhou tem sugerido urgência na adoção de mudanças, embora não tenha apresentado qualquer calendário específico. Ele prometeu no sábado que iria "retirar todos as empecilhos para aprofundar as reformas do setor financeiro".
No entanto, havia pouca evidência de qualquer liberdade para o iuane nos negócios desta quarta-feira. O banco central chinês fixou o ponto de negociação diária inicial do iuane em um patamar recorde, mas operadores disseram que os ganhos no mercado aberto foram devidos a bancos estatais que venderam a moeda, provavelmente em nome do banco central.
Além disso, a fixação diária tem sido consistentemente mais fraca que o mercado à vista, indicando que o banco central está tentando conter a força da moeda.
"O Banco do Povo da China (banco central do país) ainda está intervindo fortemente para evitar que o iuane aprecie mais", disseram os economistas do RBS Louis Kuijs e Tiffany Qiu em relatório a clientes, fazendo referência aos fluxos de comércio do dólar e à especulação de que estariam colocando pressão para o iuane subir.
"A liberalização da moeda implicaria uma grande valorização em relação ao dólar, algo para o qual acreditamos não existir apetite agora."
Fonte: Reuters Brasil
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