Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Brasileiro chefe da OMC alerta para fracasso em acordo para comércio mundial

Foto: AFP
Azevedo afiram que falta de acordo decepcionará eleitores, empresários e menos favorecidos
O chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevedo, alertou que as negociações para um acordo comercial global correm um sério risco de fracassar mais uma vez.
Os comentários foram feitos após a falta de avanço no encontro em Genebra nos últimos dias que reuniu representantes dos 159 países membros para tentar fechar um texto preliminar que seria apresentado a ministros do comércio no próximo mês — em uma reunião que deveria marcar a retomada da Rodada Doha.
A Rodada Doha, iniciada em 2001 como uma tentativa de reduzir ou eliminar barreiras comerciais no mundo, poderia, segundo a Cãmara de Comércio Internacional, adicionar cerca de US$ 1 trilhão à economia mundial e gerar 21 milhões de empregos.
Azevedo, que assumiu a OMC com o compromisso de destravar as negociações em torno de um acordo mundial de comércio, disse que estas estão ameaçadas pela relutância de países-membros em "tomar decisões políticas difíceis".

'Consequências graves'
Entre os temas discutidos em Genebra estavam novas regras que simplificam procedimentos aduaneiros e aceleram transações comerciais, subsídios a agricultura e a sustentabilidade de programas de segurança alimentar.
Os ministros do comércio dos países membros devem se reunir em Bali, Indonésia, no início do próximo mês.
Azevedo disse que não será possível manter qualquer negociação sobre o texto de um acordo global e que a ausência do mesmo significará que um acordo não deve ser alcançado no encontro em Bali.
No entanto, ele alertou que uma "falha em Bali terá consequências graves para o sistema de comércio multilateral".
"Não só a OMC e o multilateralismo vão decepcionar. Também vamos decepcionar eleitores em geral, a comunidade empresarial e, sobretudo, os mais vulneráveis entre nós.
"Vamos decepcionar os pobres em todo o mundo. Nem um único ser humano que vive na pobreza estará melhor se falharmos em Bali", acrescentou .

Fonte: BBC Brasil

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