RIO DE JANEIRO, 28 Nov (Reuters) - O Índice de Preços ao Produtor brasileiro caiu 0,37 por cento em outubro, após alta de 0,57 por cento em setembro, no primeiro resultado negativo desde fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O IBGE revisou o dado de setembro depois de anunciar anteriormente avanço de 0,62 por cento. Em fevereiro o índice havia recuado 0,35 por cento, permanecendo depois apenas em território positivo.
Em outubro, nove das 23 atividadas pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 13 no mês anterior, segundo o IBGE.
Na comparação mensal, a maior variação positiva ocorreu nos preços de bebidas, com alta de 2,43 por cento. Já as maiores variações negativas foram registradas em fumo (-2,60 por cento), outros equipamentos de transporte (-2,29 por cento) e outros produtos químicos (-1,80 por cento).
Por sua vez, as maiores influências sobre o indicador em outubro vieram de outros produtos químicos (-0,20 ponto percentual), alimentos (-0,10 ponto), bebidas (0,07 ponto) e metalurgia (-0,07 ponto).
No acumulado em 12 meses até outubro, o IPP apresentou alta de 5,18 por cento, ante 5,81 por cento em setembro. Nesta base de comparação, as maiores variações ocorreram em fumo (10,50 por cento), bebidas (7,87 por cento), têxtil (7,84 por cento) e papel e celulose (7,68 por cento).
Os principais impactos nesse caso vieram de alimentos (1,33 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,57 ponto), metalurgia (0,54 ponto) e outros produtos químicos (0,48 ponto).
Os preços ao produtor já vinham mostrando desaceleração, como apontado pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), e a tendência deve continuar. Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) do IGP-M desacelerou a alta a 0,17 por cento, ante 1,09 por cento em outubro.
Entretanto, a inflação ao consumidor continua em níveis elevados e perto do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA com tolerância de 2 pontos percentuais. Diante disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira elevar a Selic a 10 por cento, mantendo o ritmo de aperto monetário, mas, ao alterar o seu comunicado, deixou em aberto seus próximos passos.
O IPP mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.
Fonte: Reuters Brasil
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