Retração no número de postos de trabalho ocorre pelo quinto mês consecutivo e acumula 1,7%
São Paulo - O emprego industrial teve queda de 0,4% em setembro frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Esta é a quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 1,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o total do pessoal ocupado assalariado recuou tanto no fechamento do terceiro trimestre de 2013 (-1,2%), como no índice acumulado dos nove meses do ano (-0,9%).
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,0% em setembro de 2013, prosseguiu com a ligeira redução na magnitude de queda iniciada em fevereiro (-1,5%).
No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 1,4% em setembro de 2013, com o contingente de trabalhadores apontando redução em 12 dos 14 locais pesquisados.
O principal impacto negativo sobre a média global foi observado na Região Nordeste (-6,3%), pressionado em grande parte pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de alimentos e bebidas (-10,0%), calçados e couro (-8,0%), vestuário (-4,5%), minerais não-metálicos(-6,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-11,6%), produtos têxteis (-5,6%), indústrias extrativas (-8,1%),produtos de metal (-5,7%) e borracha e plástico (-4,0%).
Vale citar também os resultados negativos assinalados por São Paulo (-0,8%), Bahia (-6,4%), Pernambuco (-6,5%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Minas Gerais (-1,2%).
Setorialmente, ainda no índice mensal de setembro de 2013, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 14 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,7%), produtos de metal (-4,3%), calçados e couro (-4,7%), produtos têxteis (-4,2%), máquinas e equipamentos (-2,2%), outros produtos da indústria de transformação (-3,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%), madeira (-5,7%) e minerais não-metálicos (-1,9%). Por outro lado, os principais impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de borracha e plástico(4,8%), meios de transporte (0,9%) e produtos químicos (1,4%).
Número de horas
Em setembro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 2,8%.
No confronto com o mesmo mês de 2012, o número de horas pagas mostrou queda de 1,5%, quarto resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde fevereiro último (-2,3%).
Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o total do número de horas pagas apontou perda tanto no fechamento do terceiro trimestre de 2013 (-1,2%), como no índice acumulado dos nove meses do ano (-1,0%).
Entre os setores, as principais influências negativas vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,5%), produtos têxteis (-6,2%), calçados e couro (-5,6%), produtos de metal (-3,5%), alimentos e bebidas (-0,9%),máquinas e equipamentos (-2,0%) e outros produtos da indústria de transformação (-2,6%). Em sentido contrário, o setor de borracha e plástico (5,4%) assinalou o principal impacto positivo nesse mês, seguido por meios detransporte (0,9%), metalurgia básica (1,6%) e produtos químicos (0,9%).
Folha de pagamento
Em setembro de 2013, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, recuperando parte da perda de 2,3% observada em agosto último.
Vale destacar que nesse mês verifica-se a clara influência da expansão de 8,5% registrada pelo setor extrativo, já que a indústria de transformação apontou avanço mais moderado (0,8%).
No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou crescimento de 2,5% em setembro de 2013, após apontar variação nula (0,0%) em agosto.
Fonte: Brasil Econômico
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