Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Fazenda derruba o dólar, e Banco Central volta à compra


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa recuou em linha com o movimento da moeda americana, e voltou a subir também em sintonia com o câmbio.

Após uma primeira leitura sobre as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, terem levado o dólar à mínima de R$ 1,952 na manhã desta sexta-feira (8/2), quando a queda chegou a superar 1%, o Banco Central (BC) voltou a intervir com um leilão de compra de divisas, e fez a moeda voltar a operar próxima da estabilidade.

Há pouco, a divisa americana tinha leve desvalorização de 0,05%, e era negociada a R$ 1,971 para venda.

O ministro falou ontem que o governo não permitirá que o dólar volte a ser cotado a R$ 1,85, e intervirá caso seja necessário.

No entanto, como a cotação do dólar estava no momento ao redor de R$ 1,95, a interpretação feita pelos agentes foi a de que havia mais espaço para apreciação do real, nota Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.

"Acho que a mensagem do Mantega não foi compreendida direito. Acredito que ele estava se referindo àqueles R$ 1,65 do passado", pondera o especialista.

A declaração teve mais o intuito de transparecer a postura atual da Fazenda, de que não vai defender a apreciação do dólar, mas tampouco irá permitir movimentos especulativos do mercado para derrubar a taxa da divisa, diz Folchini.

A atuação do BC, por sua vez, teve como intenção mostrar que não irão esperar a cotação da divisa cair até R$ 1,85 para intervir.

O IPCA de janeiro divulgado ontem, mesmo que já fosse esperado forte, gerou uma expressiva abertura da curva de juros futuros, quando os operadores passaram a apostar em elevação da Selic ainda em 2013, e levou o dólar a uma queda de 0,80%.

Juros

A curva de juros futuros da BM&FBovespa chegou a cair pela manhã, acompanhando o movimento do dólar, e, também em linha com o câmbio, inverteu de tendência, e agora volta a alta da véspera.

Mais negociado, com giro de R$ 26,412 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subia de 7,42% para 7,45% (mínima de R$ 7,36% no dia), enquanto o para janeiro de 2015 avançava de 8,18% para 8,23% (mínima de 8,11%), com volume de R$ 20,252 bilhões.

"O mercado continua apostando que vão precisar aumentar os juros, de outubro em diante", afirma Folchini.

Apesar disso, caso o ritmo no nível da atividade volte a decepcionar, tais apostas tendem a ser desarmadas, comenta o executivo do WestLB.

Fonte: Brasil Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário