Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dilma defende política econômica e medidas ofensivas do governo


BRASÍLIA, 27 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o governo tem se mantido na ofensiva ao enfrentar a crise internacional sem colocar em xeque os pilares da estabilidade, rebatendo críticas sobre a política econômica às vésperas da divulgação de um fraco Produto Interno Bruto (PIB) de 2012.

Dilma reiterou que o foco do governo é assegurar competitividade, com investimentos em infraestrutura e "racionalização" nos tributos, e defendeu que não há contradições em estimular investimentos públicos e privados de forma conjunta.

O discurso de quase 50 minutos foi feito para uma plateia recheada de empresários, muitos críticos aos planos de concessão na área logística lançados recentemente pelo governo, durante a reunião que comemorou os 10 anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

"É um absurdo dizer que nós não mantemos todos os nossos pilares da estabilidade", disse. "Nós mantemos a inflação sob controle... nós mantemos a política de câmbio flexível, mantemos uma política de robustez fiscal."

Ao comentar a crise econômica na Europa e apostar que os "tremores" da crise serão mais "suaves" em 2013 no continente, Dilma afirmou que o governo tem tomado medidas "que dialogam com problemas que o Brasil realmente tem".

"Nós viemos tendo uma posição bastante ofensiva em relação à situação no Brasil", disse.

A presidente pregou, ao longo do discurso, que crescimento, competitividade e medidas econômicas precisam dialogar com programas sociais e melhoria na vida da população e que é uma "falsa contradição" opor investimentos públicos e privados.

"No curto prazo, nós temos essa imensa tarefa, que é acelerar o ritmo do crescimento e estimular as inversões nas áreas transformadoras... que possam transformar a competitividade de nosso país para conseguir que tenhamos capacidade de aumentar essa renda per capita", disse, defendendo ainda que o ensino seja uma atividade de "alto status".

Ao comentar as medidas de logística e infraestrutura lançadas pelo governo ao longo de 2012, algumas delas alvo de críticas de empresários e trabalhadores, Dilma citou o esforço para melhorar a área de portos e fez duras críticas a quem afirmou que o Brasil corria risco de racionamento energético.

"As mesmas vozes que diziam que vai haver racionamento se calam, e a consequência é nenhuma, o que eu acho uma irresponsabilidade", disse ela.

A presidente falou da necessidade de se mudar a estrutura de portos no país para baixar o chamado custo Brasil, mas rebateu a crítica de sindicalistas de que o novo modelo proposto pelo Planalto e que está no Congresso ameaça empregos na área.

"Abrir os portos não significa tirar um... milímetro do direito do trabalhador portuário", disse.

Ao final do discurso, Dilma defendeu que o Brasil não pode mais deixar de lado critérios éticos, meritocráticos e transparência e melhor gestão nos gastos públicos.

"Este é um país que não tem mais condições de não levar em conta a mais estrita ética, a maior transparência, melhor gestão dos gastos públicos", disse ela.

Fonte: Reuters Brasil

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