Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Entre petrolíferas e Berlusconi, Ibovespa tem ligeira queda


Desempenho dos papéis das siderúrgicas segurou o principal índice da BM&F Bovespa próximo da estabilidade.

Informações diversas fizeram com que o Ibovespa operasse com volatilidade ao longo da sessão desta segunda-feira (25/2).

A ligeira alta ditada pelo desempenho das ações das siderúrgicas não prevaleceu e a bolsa encerrou em queda, refletindo o bom desempenho de Silvio Berlusconi na eleição italiana e o recuo dos papéis das petrolíferas, principalmente da OGX .

Desta maneira, o principal índice da bolsa brasileira encerrou com baixa de 0,14%, aos 56.617 pontos, com volume negociado de R$ 7,3 bilhões. 

Segundo Alan Oliveira, analista da Futurainvest, o grande destaque positivo ficou para os papéis da Usiminas, que lideraram as altas do Ibovespa até o final do pregão. As ações USIM5 e USIM3, fecharam com valorização de 6,82% e 6,26%, respectivamente. 

Outro ponto de referência considerado positivo pelo especialista foi o avanço das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), revelado no relatório Focus do Banco Central (BC). A mediana das projeções para o PIB em 2013 subiu para 3,10%, face a 3,08% na semana passada. 

Por outro lado, Oliveira considera que a performance da OGX foi determinante para que o índice doméstico não se descolasse muito da estabilidade e fechasse a sessão em campo negativo.

A derrocada da ação da companhia de Eike Batista teria sido uma compensação após os ganhos registrados na semana passada. A valorização fora sustentada por rumores de que a empresa seria vendida para a Petronas, petrolífera da Malásia. 

"Como os rumores não se sustentaram, o papel da petrolífera despencou, puxando outras empresas do setor para baixo, como a Petrobras. Isso refletiu diretamente no índice brasileiro", pontua Oliveira. 

Desta maneira, a ação da OGX (OGXP3) caiu 8,91%, vendida por R$ 3,27; ao passo que os papéis da Petrobras (PETR4) perderam 1,17%, a R$ 16,95.

No continente europeu, as bolsas encerraram em terreno positivo animadas pela corrida eleitoral da Itália e a vitória parcial do candidato de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani. 

O CAC 40, de Paris, subiu 0,41%; o DAX, da Alemanha, teve acréscimo de 1,45%; e o FTSE 100, de Londres, se valorizou 0,31%.

Após o fechamento do pregão no velho continente, a configuração do cenário eleitoral italiano reverteu um pouco. O ex-primeiro ministro, Silvio Berlusconi, passou a ter favoritismo na disputa do Senado. 

"Esse desempenho do Berlusconi renova o temor de que os planos de austeridade bem desenvolvidos pelo tecnocrata Mario Monti não sejam levados adiante. Caso Berlusconi tenha algum poder, ele tentará evitar a austeridade, o que pode fazer com que o país adie a retomada financeira que vem ensaiando há algum tempo", avalia Oliveira.

Este apoio surpreendente das urnas à Berlusconi também ajudou a segurar o movimento realizado pela bolsa no cenário interno. 

Em Wall Street, a falta de indicadores relevantes fez com que os agentes americanos ficassem de olho na corrida eleitoral da Itália. O Dow Jones caiu 1,55%, o S&P 500 recuou 1,83% e o Nasdaq teve queda de 1,44%.

Entre as divulgações, vale destacar que a atividade econômica de Chicago piorou em janeiro, passando de 0,25 ponto para -0,32 pontos em fevereiro.

Destaques

Depois dos papéis da Usiminas, o papel que se destacou positivamente foi da JBS (JBSS3), que avançou 3,57%, a R$ 6,96.

Por outro lado, depois da OGX, as maiores quedas do índice foram das ações da Gol (GOLL4) e da Ambev (AMBV4), que retraíram 3,35% e 3,34%, nesta ordem.

Câmbio

No mercado de câmbio, o dólar subiu 0,30% frente ao real, cotado a R$ 1,977 para a venda.

Fonte: Brasil Econômico

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