Dados decepcionantes das vendas no varejo puxam curva de juros futuros da BM&F Bovespa para baixo.
A tendência de desvalorização do dólar já verificada na sessão passada prossegue no pregão desta terça-feira (19/2).
Há pouco, a moeda americana recuava 0,20% ante a brasileira, e era negociada a R$ 1,959 para venda.
O movimento global favorece os ganhos do real no dia - o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,12%, em linha com as altas das Bolsas europeias.
"Mais uma vez o mercado mostrou que não tem força para se manter acima do nível de R$ 1,96. A tendência realmente é de queda", afirma Glauber Romano, operador da Intercam Corretora de Câmbio.
Caso o Banco Central (BC) não tivesse intervindo com um leilão de compra de dólares na semana passada, certamente nosso câmbio já estaria abaixo do piso de R$ 1,95, na avaliação do especialista.
Pelo fato dessa operação de enxugamento de liquidez por parte da autoridade monetária ter ocorrido justamente nesse patamar no qual a cotação do dólar está agora, os agentes aguardam a aparição do Bacen a qualquer momento, pontua Romano.
"Se o BC não atuar, o mercado pode romper até o R$ 1,95", diz o operador da Intercam.
No acumulado de 2013, até o fechamento de ontem, a depreciação do dólar está em 3,96%.
E pelos últimos dados divulgados pela autoridade, as instituições financeiras encerraram o primeiro mês do ano vendidas (aposta na queda do dólar) em US$ 8,577 bilhões. Em dezembro, a quantia era de US$ 6,069 bilhões.
Juros
Os dados das vendas no varejo do país, bem abaixo do projetado pelas casas, derruba a curva de juros futuros da BM&FBovespa.
Mais negociado, com giro de R$ 59,711 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,72% para 7,67%, enquanto o para janeiro de 2015 caía de 8,42% para 8,35%, com volume de R$ 31,871 bilhões.
O volume de vendas no comércio varejista brasileiro retraiu 0,5% em dezembro, na comparação com novembro.
A estimativa do Bradesco apontava alta de 0,9%, e a do Itaú, de 1,1%.
"Foi uma grande surpresa no núcleo do índice, com cinco dos oito setores em declínio no mês", pontua a equipe do Itaú.
Fonte: Brasil Econômico
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