No mundo, após dois trimestres seguidos de piora na avaliação do clima econômico, o indicador registrou avanço, passando para uma zona favorável.
O clima econômico mundial e o da América Latina melhoraram em janeiro, mostra uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.
O Índice de Clima Econômico da América Latina ao passar de 5,2 pontos em outubro de 2012 para 5,5 pontos em janeiro de 2013, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (20/2).
Esse resultado levou a que o indicador em janeiro superasse a média dos últimos dez anos em 0,2 ponto.
O avanço foi influenciado pelo resultado do Indicador que mede as expectativas, que passou de 5,3 pontos para 6,0 pontos, enquanto o Indicador que mede a situação atual registrou pequena piora (de 5,1 pontos para 4,9 pontos) e passou para a zona desfavorável.
No mundo, após dois trimestres seguidos de piora na avaliação do clima econômico, o indicador registrou avanço, passando para uma zona favorável, em 5,2 pontos.
Os dois indicadores que compõem o clima econômico mundial tiveram acentuada melhora: o da situação atual passou de 4,1 para 5,0 pontos e o das expectativas de 5,0 para 6,3 pontos.
A melhora foi puxada pela Ásia, em especial pela China, onde o indicador passou de 4,7 pontos para 6,1 pontos influenciado pela melhora nas expectativas.
Segundo a última projeção do Fundo Monetário Internacional, o país deverá crescer 8,2%, em 2013, o que afasta o temor de uma desaceleração em direção à taxas de 7%.
Além disso, melhoras no clima econômico foram também observadas nos Estados Unidos e na União Europeia. Entretanto, nessa última região, o clima se mantém na zona de avaliação desfavorável.
América Latina
Os resultados dos 11 países analisados na Sondagem Econômica da América Latina mostram melhora no Indicador, com destaque para Chile (+0,8 pontos), México (+0,8 pontos), Uruguai (+1,1 pontos), Peru (+1,3 pontos) e Paraguai (+1,6 pontos).
Em todos esses países, o indicador está na zona de avaliação favorável. No Paraguai, o dado de expectativa manteve-se constante (7,9 pontos), mas o de situação atual passou de 3,0 para 6,1 pontos.
No Peru, tanto a avaliação da situação atual como as expectativas melhoraram e o país passou da fase de declínio para a de "boom" econômico. Comportamento idêntico ocorreu no Uruguai.
Em todos esses países, as exportações de commodities têm importante contribuição para o crescimento do produto (acima de 20%) Com isso, a perspectiva de aumento no comércio mundial para 2013 acompanhada do aumento do produto chinês contribuem para a melhora no clima de negócios.
Bolívia, Brasil, Equador e Venezuela tiveram queda nos seus indicadores de clima econômico, mas Bolívia e Brasil permanecem com avaliações favoráveis.
Na Bolívia, as expectativas não se alteraram, mas piorou a avaliação da situação atual.
Brasil
No Brasil, a situação atual passou de 4,9 para 4,6 pontos e o indicador de expectativas de 7,3 para 7,2 pontos.
A piora na avaliação da situação atual esteve associada ao consumo, enquanto nas expectativas esteve associada à ligeira piora na avaliação dos investimentos.
A perspectiva da balança comercial é também de deterioração e, consequentemente, o Brasil manteve-se na fase de recuperação, sem avançar para a fase de "boom" do ciclo econômico.
Por último, Argentina registrou melhora no clima econômico, liderada pelas expectativas, mas a avaliação da situação atual continua ruim (3,9 pontos).
Fonte: Brasil Econômico
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