Curva de juros futuros da BM&F Bovespa mantém movimento de diluição dos prêmios já verificado no pregão passado.
O dólar voltou a abrir os negócios em alta nesta terça-feira (26/2), após a valorização de 0,30% na sessão passada, ambos os movimentos em sintonia com a forte queda dos índices acionários das principais Bolsas europeias, reflexo das eleições na Itália, principalmente por conta das chances de Silvio Berlusconi retomar o poder.
A moeda americana chegou a bater em R$ 1,983 nesta manhã, quando subiu 0,30%, mas a trajetória de alta amainou após a abertura positiva do mercado americano, em virtude dos bons dados econômicos divulgados na região.
No entanto, algum tempo depois da abertura do mercado dos Estados Unidos, o dólar voltou a fortalecer os ganhos ante o real, e instantes atrás avançava 0,40%, e era negociado na máxima do dia, em R$ 1,985 para venda.
Os pares internacionais do real também seguem com perdas significativas ante a divisa americana - o peso mexicano perdia 0,56%, o rublo russo cedia 0,51%, e o dólar australiano, 0,36%.
Não devemos, no entanto, ver valorizações consistentes do dólar, por conta da intenção do governo de não permitir um dólar muito mais valorizado do que no atual patamar, para não interferir nos índices de preços mais à frente.
"Após esse estresse por causa da Itália, o dólar deve voltar um pouco, e ficar na faixa dos R$ 1,96, R$ 1,95", diz Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced Corretora.
Juros
O movimento de fechamento da curva de juros futuros da BM&FBovespa, que prevaleceu na segunda parte do pregão de ontem, após as declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a inflação irá arrefecer no segundo semestre, prossegue nesta terça.
Mais negociado, com giro de R$ 39,374 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 caía de 7,82% para 7,79%, enquanto o para janeiro de 2015 recuava de 8,46% para 8,42%, com volume de R$ 20,307 bilhões.
As apostas dos operadores ainda preveem uma elevação da taxa Selic em algum momento do segundo semestre de 2013.
Os dados do mercado de trabalho apontaram alta da taxa de desemprego.
Ainda que já esperado pelos analistas, um desaquecimento no quadro laboral brasileiro também favorece uma diluição dos prêmios embutidos na curva, uma vez que, se o desemprego seguir em alta, perde força a aposta por um aperto monetário.
Fonte: Brasil Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário