Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Semana do Carnaval terá PIB europeu e inflação no Brasil


Nos Estados Unidos, os destaques serão as vendas no varejo, e dados de confiança do consumidor da Universidade de Michigan.

Na semana do carnaval, o mercado financeiro do país terá apenas dois pregões e meio, uma vez que os negócios só voltam na BM&FBovespa às 13h de quarta-feira (13/2).

Para sorte dos investidores locais, a agenda de indicadores econômicos no cenário externo não é das mais carregadas, e não deve gerar grandes alterações nos principais índices acionários, que poderiam deixar o Ibovespa em desajuste com seus pares.

Entre os destaques internacionais, a Zona do Euro terá a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), do quarto trimestre e do ano de 2012, que deve voltar a indicar retração da economia dos países que compõem o velho continente.

O dinamarquês Danske Bank prevê que o PIB da Zona do Euro tenha retraído 0,4% no último trimestre do ano passado, após a queda de 0,1% ocorrida no período imediatamente anterior.

"O PIB da Alemanha sugere que o quarto trimestre foi muito ruim para os maiores países da Zona do Euro", pontuam Allan Von Mehren e Steen Bocian, do Danske, em relatório.

Para o desempenho da economia germânica, que também será conhecido semana que vem, o banco dinamarquês prevê recuo de 0,5%, após a alta de 0,2% de julho a setembro.

Nos Estados Unidos, o destaque fica com as vendas no varejo, que devem ter crescido 0,2% em janeiro, de acordo com a projeção da instituição nórdica. Em dezembro, a alta foi de 0,3%.

"O consumo privado teve um bom desempenho no quarto trimestre de 2012, e esperamos que o momento positivo tenha prosseguido em janeiro", ponderam os economistas do Danske.

Para o índice de confiança da Universidade de Michigan, os especialistas também esperam um resultado positivo - após a queda de 72,9 para 71,3 em janeiro, a estimativa é que o índice tenha avançado para 74,8 em fevereiro.

No Brasil, além do vencimento de opções na própria quarta, que tende a volatilizar o Ibovespa, os eventos de maior apelo serão o boletim Focus e o IGP-10, já que a inflação parece ser, se não a maior, uma das maiores preocupações do governo no momento.

Como os debates em torno da saúde fiscal, tanto da Europa como dos Estados Unidos, estão em um segundo plano, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, espera por uma semana morna.

"Internamente não temos nenhum grande destaque, e mesmo lá fora não tem nada que possa provocar alguma alteração violenta no mercado", diz o especialista.

Caso algum evento inesperado tenha reflexos nos índices acionários na segunda e terça, o Ibovespa tende a ter um dia de ajustes na reabertura, mas não é o cenário-base com que trabalha o economista da SulAmérica Investimentos.

"As coisas devem continuar em banho maria. É possível [algum ajuste a depender da movimentação externa], mas não vejo de onde possa vir", afirma Rosa.

Análise gráfica

As perdas do Ibovespa, que alcançam 4% no ano, boa parte por conta da performance desta semana, quando o índice caiu 3% (por conta da Petrobras), não significa que as próximas sessões serão de recuperação, nota Luiz Eduardo Borges, analista gráfico da Strategicinvest e da Técnica Assessoria.

No patamar em que se encontra (58.497 pontos), explica o especialista, o índice fica "preso" dentro de um intervalo, com suporte em 58.107 pontos, e resistência em 60.484 pontos.

"O Ibovespa tem que romper essa resistência para reverter a tendência atual de baixa na qual se encontra. Enquanto estiver nessa banda, o índice vai ficar andando de lado", comenta Borges.

Nesta quinta e sexta o índice já bateu no suporte dos 58.107 pontos, mas conseguiu se sustentar acima desse patamar, o que é uma boa indicação de que ele pode ir buscar a resistência nos próximos pregões, diz o grafista.

Caso realmente vá em direção à resistência e rompa os 60.484 pontos, então o Ibovespa poderá buscar os 63.141, a máxima do ano alcançada no início de janeiro, e que representou o fim da tendência de alta que vinha desde novembro.

Por outro lado, se o sentido for de baixa, então o suporte, após os 58.107, ficaria por volta dos 55.365 pontos.

Fonte: Brasil Econômico

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