Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Porto de Cabedelo, em João Pessoa, espera recursos para reformar o terminal

Reforma do terminal custará a metade do que foi destinado pelo BNDES a Cuba.

Cabedelo (PB) — A administração do Porto de Cabedelo (PB), localizado na cidade de mesmo nome da região metropolitana de João Pessoa, espera desde 2011 pelos recursos prometidos pelo governo federal para ampliar e modernizar a infraestrutura. Esse projeto, modesto diante das enormes necessidades dos principais terminais portuários do país, soma US$ 326 milhões. Esse valor corresponde à metade do financiamento dado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reforma do porto cubano de Mariel, inaugurado no mês passado pela própria presidente Dilma Rousseff.
Enquanto US$ 682 milhões da instituição pública de fomento ancoraram em um ponto do litoral da ilha caribenha governada pela ditadura dos irmãos Castros, nenhum centavo do Orçamento federal aportou, até agora, no mais oriental porto das Américas, que tem apresentado as maiores taxas anuais de crescimento. A opção do governo por sustentar investimento e negócio estrangeiro, em vez de apoiar um terminal portuário de propriedade da própria União e considerado estratégico para o combalido comércio internacional brasileiro e para o desenvolvimento regional, desperta a curiosidade até dos turistas que visitam as praias de águas mornas e esverdeadas ao norte da capital paraibana.

Quem se desloca de carro até Cabedelo percebe o caos urbano e a carência de investimentos públicos, assim que se aproxima do complexo portuário. O tráfego intenso de caminhões pesados em ruas estreitas da cidade de 62 mil habitantes, o cinturão de 26 gigantescos tanques de combustíveis em torno do sítio arqueológico do Forte Santa Catarina (um tesouro do século 16) e uma favela que avança sobre os poucos espaços ainda livres não deixam dúvidas de que o Estado abandonou aquele lugar. “É uma pena ver um lugar tão bonito tratado desse jeito”, comenta uma moradora.

Fonte: Correio Braziliense

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