Aversão ao risco predominou em meio a dados fracos da China e EUA. Dólar subiu 1%, cotado a R$ 2,43
São Paulo - A semana começou turbulenta para as bolsas de todo o mundo, que despencaram em meio a dados negativos da China e dos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa refletiu a aversão ao risco e amargou queda de 3,13%, para os 46.147 pontos - o menor patamar desde julho do ano passado, quando o índice fechou em 45.433 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,7 bilhões.
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, houve forte pressão vendedora dos investidores estrangeiros, que desfizeram posições principalmente com os papéis da Vale e da Petrobras. "Com o dólar subindo e a pressão sobre os emergentes, os investidores buscam rentabilidade garantida nos títulos americanos", disse.
As ações da Petrobras (PETR4) recuaram 5,78%, enquanto os papéis da Vale (VALE5) perderam 3%. "A petrolífera tem uma dívida significativa em dólar e, com a alta da moeda americana, a expectativa é que o balanço não traga números bons. Por isso, o papel sofreu mais", afirmou Galdi. A Petrobras divulga o resultado referente ao quarto trimestre do ano passado em 14 de fevereiro.
Já as ações da Vale caíram refletindo também o recuo no desempenho da indústria chinesa em janeiro, o que confirma a desaceleração da economia do país asiático. O Índice Gerente de Compra (PMI, na sigla em inglês) caiu de 51 pontos para 50,5 pontos na passagem de dezembro para janeiro. Em meio ao movimento vendedor predominante na sessão, nenhuma das 72 ações do Ibovespa terminou em alta.
Estados Unidos
As bolsas americanas caminhavam para fechamento com fortes quedas após o índice de atividade industrial do país (ISM) ter marcado 51 pontos em janeiro enquanto os analistas esperavam 56 pontos. "Como a bolsa subiu forte no ano passado, os investidores aproveitam qualquer motivo para vender os ativos. Esse dado é pontualmente ruim, pois reflete os problemas climáticos do hemisfério norte, mas não é catastrófico", disse Galdi. Por volta das 18h, o Dow Jones caía 1,99%, o S&P perdia 2,09% e o Nasdaq tinha baixa de 2,55%.
Dólar
Em meio à aversão ao risco que tomou conta dos mercados, o dólar subiu 1% frente o real, cotado a R$ 2,437 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
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