Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Mantega: economia tem trajetória de expansão moderada

SÃO PAULO, 3 Dez (Reuters) - A economia brasileira está em trajetória de expansão gradual, que deve se manter nos próximos trimestres, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconhecendo ainda que o desempenho da economia está abaixo do desejado.

"A recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos", afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando, no entanto, que ainda é possível que a economia avance 2,5 por cento neste ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,5 por cento no terceiro trimestre deste ano ante o segundo, primeiro resultado negativo e o pior em mais de quatro anos, afetado pela retração dos investimentos. Entre abril e junho passados, a atividade havia crescido 1,8 por cento.

Sobre a dinâmica da expansão do PIB, o ministro avaliou que os investimentos estão acelerando e deverão registrar alta entre 6 e 7 por cento neste ano em relação a 2012, apesar de terem encolhido 2,2 por cento no trimestre passado sobre os três meses anteriores.

"O crescimento é gradual porque no mundo todo está sendo assim, e esse crescimento se dá principalmente em investimentos, bens de capital", disse Mantega a jornalistas, acrescentando que, por outro lado, vai demorar "mais alguns anos" para que a Formação Bruta de Capital Fixo --uma medida de investimento-- corresponda a 24 por cento do PIB.

O programa de concessões que está em curso, nos setores de infraestrutura e logística, vai ajudar a elevar o crescimento potencial do país, de 4 por cento, afirmou ele.

Mantega reconheceu que as sucessivas elevações na Selic tiveram impacto no crescimento da atividade neste ano. Em abril passado, o Banco Central iniciou um ciclo de aperto monetário que já levou a taxa básica de juros de 7,25 por cento para o atual patamar de 10 por cento, a fim de combater a inflação por meio do encarecimento do crédito e, consequentemente, do consumo.

O ministro afirmou que o consumo das famílias está sendo prejudicado pela falta de crédito, mas considera que com a queda da inadimplência e com o menor comprometimento da renda dos brasileiros, o consumo avançará.

Mantega disse ainda que o crescimento baixo atrapalha o resultado fiscal, mas repetiu que o governo central --governo federal, BC e Previdência vão cumprir sua meta de superávit primário de 73 bilhões de reais neste ano.

Ele também citou o atual momento da economia mundial, que vem mostrando recuperação e será seguida pelo Brasil.

Fonte: Reuters Brasil

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