Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

China foi país que mais registrou patentes em 2012

País solicitou registros internacionais para 560 mil inovações, cem vezes mais do que o Brasil e acima de EUA, Japão e Europa.

GENEBRA - Em uma década, a China passou de ser sinônimo de pirataria para ocupar hoje o posto do maior responsável pelo registro de patentes do mundo. Dados divulgados ontem revelam que os chineses já patenteiam mais inovações, desenhos industriais e marcas que Estados Unidos, Japão e Europa. Os registros da China são quase cem vezes o número de solicitações feitas pelo Brasil em 2012.
Os pedidos de patentes feitos por empresas, universidades e por governos medem, para especialistas, o grau de inovação de uma economia.

Os dados são da Organização Mundial de Propriedade Intelectual que indicam que, graças aos emergentes, o aumento no registro de patentes em 2012 foi o maior em 20 anos. No ano passado, 2,3 milhões de patentes foram solicitadas no mundo, um crescimento de 9,2%. "Depois da crise de 2009, os pedidos de patente aumentaram num ritmo ainda mais rápido que antes da crise", disse Francis Gurry, diretor da entidade.

Os chineses pediram em 2012 o registro de 560 mil patentes pelo mundo. O escritório de patentes em Pequim ainda foi o que recebeu o maior número de solicitações, quase 653 mil, com um aumento de registros de 24% em 2012. Nos EUA, a expansão foi de 7,8%. Na Europa é onde estaria a maior crise. Se o registro de patentes aumenta na Alemanha e Reino Unido, ele sofreu uma contração na França e na Itália, num sinal de que a crise está levando empresas a investir menos em inovação.

Longe do cenário de apenas copiar marcas famosas e produzir bolsas Louis Vuitton praticamente idênticas às originais, chineses pediram o registro no mundo de mais de 1,5 milhão de marcas. O volume é quase três vezes maior que os EUA e cinco vezes o da Alemanha.

No que se refere ao registro de novos desenhos industriais, mais uma vez a China lidera. Em 2012 foram patenteados 650 mil desenhos industriais, contra apenas 76 mil na Alemanha e 45 mil nos EUA.

Brasil.
Uma situação bem diferente vive o Brasil. Em 2012, empresas e pesquisadores do País pediram o registro de 6,6 mil patentes pelo mundo, dez vezes menos que a França, 20 vezes menos que a Alemanha e quase cem vezes menos que a China. O volume de solicitações em um ano equivale ao que chineses pedem em quatro dias.

O desempenho fraco coloca o Brasil na 28ª colocação entre as nações que mais pedem patentes de produtos. O País é superado por países como Dinamarca, Israel, Espanha e até Coreia do Norte.

Domesticamente, o Brasil acumulou 30 mil solicitações de patentes no INPI em 2012, uma alta de 5,1% em relação a 2011. Mas concedeu apenas 2,8 mil registros, o que revela a dificuldade do organismo em processar os pedidos.

Em termos de solicitações, o Brasil aparece como o 10º maior escritório de patentes do mundo. Mas, em número de registros de fato realizados, a classificação do Brasil cai para fora dos 20 primeiros.

O registro de desenhos industriais também caiu no Brasil, com redução de 4% entre 2011 e 2012. Em termos de registros de marcas, o número de iniciativas no Brasil é apenas um décimo do que ocorre na China.

No total, 8,6 milhões de patentes estão em vigor no mundo. Os EUA são os maiores detentores desses registros, com 2,2 milhões de patentes acumuladas. Em segundo lugar vem o Japão, com 1,7 milhão. A China aparece já na terceira posição, com 900 mil patentes.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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