Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Economia terá menor crescimento em ano eleitoral desde 2002, prevê BC

Na disputa por um segundo mandato, a economista Dilma Rousseff enfrentará a pior taxa de crescimento econômico em ano de eleições presidenciais desde 2002, segundo as previsões apresentadas hoje pelo Banco Central.

Pelas contas do BC, a produção e a renda do país -o Produto Interno Bruto- terão expansão de 2,3% no período de 12 meses até setembro de 2014, às vésperas do pleito.

Quando Dilma foi eleita há três anos, a taxa chegava a espetaculares 7,6%, a melhor marca desde a euforia posterior ao Plano Real, que elegeu FHC.

Quando Lula venceu o tucano em 2002, a economia era sacudida por uma crise financeira e o crescimento acumulado até setembro era de apenas 1,3%

A presidente também não viverá uma situação confortável com a inflação, que, para o BC, chegará aos 5,6% no próximo ano, consideradas as expectativas do mercado para o dólar e os juros.

Se confirmado, o percentual será o menor em cinco anos, mas, ainda assim, permanecerá bem acima da meta oficial de 4,5%. Para o BC, aliás, a meta será descumprida novamente em 2015, no primeiro ano do mandato do próximo presidente.

Embora os juros venham subindo para conter a escalada dos preços, a política de elevação contínua dos gastos do governo age em sentido contrário, alimentando o consumo.

Não se pode acusar o BC de ser pessimista: há um ano, a instituição projetava que a economia chegaria a uma taxa de crescimento anual de 3,3% em setembro de 2013, e a inflação fecharia o ano em 4,9%.

Agora, as projeções são de 2,3% para a variação do PIB no ano, com alta de preços de 5,8%.

As expectativas dos analistas de mercado para 2014 são menos favoráveis: crescimento econômico de 2% e inflação de 5,95%.

Os principais trunfos eleitorais de Dilma, porém, não parecem correr riscos até a eleição: o desemprego se mantém em patamares historicamente baixos e os gastos sociais asseguram a queda da pobreza.

Devido à alta das despesas em Previdência, assistência e educação, o mercado acredita que o governo não cumprirá em 2014, mais uma vez, a meta de poupar o equivalente a 3,1% do PIB para o abatimento da dívida pública.

A projeção central dos analistas é uma poupança de 1,7%, o que, pelos cálculos do BC, fará a dívida pública subir de 34,5% para 35,1% do PIB. Para a instituição, é necessário poupar 2,1% do produto para manter a dívida estável.

Fonte: Folha de S. Paulo

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