Por José Roberto de Toledo e Rodrigo Burgarelli
94% dos domicílios com renda superior a R$ 1 mil por mês estão em ruas pavimentadas; proporção cai a dois terços quando renda é menor do que R$ 250
Quanto maior a renda dos moradores, mais alta a taxa de urbanização em volta de sua casa: melhor a iluminação pública, mais chance de o lixo ser recolhido com frequência adequada e de o esgoto correr por baixo do pavimento e não pelo meio-fio -se é que há meio fio defronte à moradia. Essa relação parece óbvia, mas há décadas não era medida em uma pesquisa de amplitude nacional. É uma novidade do Censo 2010.
A taxa de urbanização foi calculada pelo Estado a partir de observações feitas pelos recenseadores sobre dez tipos de melhoramentos urbanos localizados no entorno de 57 milhões de domicílios brasileiros, e divulgadas esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na média do Brasil, a taxa de atendimento dos domicílios no conjunto dos dez itens foi de 68%, mas com grandes variações: de 96% de iluminação pública a menos de 5% de rampas para cadeirantes. As desigualdades são ainda maiores quando se leva em conta a renda domiciliar.
Nada menos do que 94% dos domicílios brasileiros cujo rendimento é maior do que R$ 1 mil por mês estão em ruas pavimentadas. Mas essa proporção cai a dois terços quando a renda dos moradores é inferior a R$ 250 (em valores de setembro de 2010). A disparidade é ainda pior quando se trata de calçadas: 87% da parcela de renda superior tem calçamento na porta de casa, enquanto a taxa no extrato de renda mais baixa cai a 45%.
Em todos os dez tipos de melhoramentos pesquisados há diferenças significativas na taxa de atendimento por esses equipamentos urbanos básicos em função da renda de quem mora nos domicílios. Os mais pobres têm seis vezes mais chances de verem o esgoto correr a céu aberto na frente de suas casas, por exemplo. A qualidade do urbanismo varia intensamente tanto dentro das próprias cidades quanto entre elas.
Em primeiro lugar no ranking dos 5.565 municípios ficou Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Sua taxa de urbanização é de 91,3%. O resultado é cinco vezes melhor do que o de Pacajá, no Pará, onde menos de 18% dos domicílios são atendidos adequadamente por serviços e equipamentos urbanos básicos. Quatro em cada cinco cidades brasileiras, porém, têm uma taxa de urbanização superior a 50%. E em uma a cada quatro essa taxa supera 70%. As melhores taxas estão na região Sudeste e as piores, nos municípios do Norte.
Balneário Camboriú não alcança o primeiro lugar em nenhum item específico, mas tem a melhor média de atendimento no conjunto deles: mais de 99% de seus domicílios estão sob iluminação pública e têm seu esgoto e lixo recolhidos, 98% estão em ruas devidamente identificadas, pavimentadas e dotadas de meio-fio, 97% têm calçada à porta, 92% se beneficiam da existência de bueiro na via onde estão, 78% gozam a sombra de árvores nas calçadas. E 54% dessas calçadas têm rebaixamentos que servem de rampa de acesso para pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas.
A taxa de urbanização é a média de dez características urbanísticas observadas pelos recenseadores IBGE. Eles medem a proporção de domicílios que têm à sua porta os principais equipamentos e serviços públicos que se esperam encontrar em uma área urbanizada: iluminação pública, pavimentação das vias, calçada, meio-fio, arborização, esgoto, bueiro, recolhimento de lixo, identificação do logradouro (nome da rua, por exemplo) e rampa para cadeirantes.
A taxa de urbanização foi calculada pelo Estado a partir de observações feitas pelos recenseadores sobre dez tipos de melhoramentos urbanos localizados no entorno de 57 milhões de domicílios brasileiros, e divulgadas esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na média do Brasil, a taxa de atendimento dos domicílios no conjunto dos dez itens foi de 68%, mas com grandes variações: de 96% de iluminação pública a menos de 5% de rampas para cadeirantes. As desigualdades são ainda maiores quando se leva em conta a renda domiciliar.
Nada menos do que 94% dos domicílios brasileiros cujo rendimento é maior do que R$ 1 mil por mês estão em ruas pavimentadas. Mas essa proporção cai a dois terços quando a renda dos moradores é inferior a R$ 250 (em valores de setembro de 2010). A disparidade é ainda pior quando se trata de calçadas: 87% da parcela de renda superior tem calçamento na porta de casa, enquanto a taxa no extrato de renda mais baixa cai a 45%.
Em todos os dez tipos de melhoramentos pesquisados há diferenças significativas na taxa de atendimento por esses equipamentos urbanos básicos em função da renda de quem mora nos domicílios. Os mais pobres têm seis vezes mais chances de verem o esgoto correr a céu aberto na frente de suas casas, por exemplo. A qualidade do urbanismo varia intensamente tanto dentro das próprias cidades quanto entre elas.
Em primeiro lugar no ranking dos 5.565 municípios ficou Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Sua taxa de urbanização é de 91,3%. O resultado é cinco vezes melhor do que o de Pacajá, no Pará, onde menos de 18% dos domicílios são atendidos adequadamente por serviços e equipamentos urbanos básicos. Quatro em cada cinco cidades brasileiras, porém, têm uma taxa de urbanização superior a 50%. E em uma a cada quatro essa taxa supera 70%. As melhores taxas estão na região Sudeste e as piores, nos municípios do Norte.
Balneário Camboriú não alcança o primeiro lugar em nenhum item específico, mas tem a melhor média de atendimento no conjunto deles: mais de 99% de seus domicílios estão sob iluminação pública e têm seu esgoto e lixo recolhidos, 98% estão em ruas devidamente identificadas, pavimentadas e dotadas de meio-fio, 97% têm calçada à porta, 92% se beneficiam da existência de bueiro na via onde estão, 78% gozam a sombra de árvores nas calçadas. E 54% dessas calçadas têm rebaixamentos que servem de rampa de acesso para pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas.
A taxa de urbanização é a média de dez características urbanísticas observadas pelos recenseadores IBGE. Eles medem a proporção de domicílios que têm à sua porta os principais equipamentos e serviços públicos que se esperam encontrar em uma área urbanizada: iluminação pública, pavimentação das vias, calçada, meio-fio, arborização, esgoto, bueiro, recolhimento de lixo, identificação do logradouro (nome da rua, por exemplo) e rampa para cadeirantes.
A iniciativa resgata uma tradição de pesquisas que eram feitas até 1957 e que chamavam essas características de "melhoramentos urbanos". Desta vez, o levantamento considerou apenas as áreas urbanas dos municípios e não levou em conta favelas e outros tipos de aglomerados urbanos subnormais -onde esse tipo de equipamento e serviços nem sequer é alvo de políticas públicas. Mesmo assim, a pesquisa do IBGE abrangeu o entorno de 97% dos domicílios localizados dentro das áreas urbanas dos municípios brasileiros.
Fonte: O Estado de São Paulo
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