Brasília
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a garantir hoje (22) que o
Brasil está preparado para enfrentar o agravamento da crise mundial. De acordo
com ele, existe no país solidez fiscal, reservas internacionais de mais de US$
350 bilhões, um forte mercado consumidor e um mercado de trabalho em expansão.
Mantega
também destacou que a inflação está em declínio este ano, na comparação com
2011, e o câmbio, mais adequado para a competitividade entre a produção
nacional e a estrangeira, já que encarece os produtos importados. O ministro
defendeu ainda a liberação de um volume maior de crédito como forma de
estimular a economia.
“A
situação da economia internacional está se agravando. Isso demonstra que a
estratégia de austeridade fiscal na Europa não está dando certo. Não veio
acompanhada de medidas de estímulo econômico. A estratégia levará ao baixo
crescimento e à recessão no mundo”, destacou durante audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado para defender as novas regras
de cálculo da poupança.
Mantega
voltou a avaliar que países como a Grécia, caso não haja uma saída administrada
da crise, irão sofrer cada vez mais com o agravamento dos problemas no setor
financeiro. Ele lembrou que a crise terá consequências para o resto do planeta
já que a comunidade europeia é o segundo mercado do mundo, depois dos Estados
Unidos. Com as novas turbulências, há redução no volume de comércio com
prejuízos também para o Brasil.
“Mesmo
países dinâmicos como a China e a Índia terão redução nos seus crescimentos.
Felizmente, o Brasil tem condições de ter crescimento maior do que 2011, quando
chegou a 2,7%. Se a crise se agravar as regiões mais afetadas serão o norte da
África e a Europa.”
Mantega
lembrou que o governo tem enfrentado grandes desafios e citou os investimentos
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que, segundo ele, cresceram
quase 50% até abril em comparação ao mesmo período do ano passado.
“É
preciso muitas ações para que o crescimento possa acontecer. Solidez fiscal e
controle da inflação, mantendo o câmbio favorável. Ampliar ainda o crédito e
reduzir as taxas de juros do sistema financeiro”, defendeu.
O
ministro disse ainda que é preciso aprofundar as mudanças com a reforma do
sistema tributário e a queda de impostos.
Mantega defendeu também a diminuição do valor da energia e de logística para
reduzição dos custos da produção. Segundo ele, são desafios que independem da
crise e, quando concluídos, tornarão o país mais competitivo.
“O desafio é acelerar os investimentos públicos
e privados. O Brasil tem uma vantagem sobre os outros que é um mercado
consumidor forte.”Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário