Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Indicadores americanos pressionam Ibovespa


Influenciados por notícias mistas no cenário internacional, os mercados mundiais operam em campo negativo nesta quinta-feira (3/5).
De acordo com Luis Gustavo Pereira, analista-chefe da Futura Corretora, o relatório geral de emprego (payroll) - divulgação mais importante da semana nos Estados Unidos - propicia um comportamento cauteloso por parte dos investidores.
"Além disso, a indefinição dos mercados deve caracterizar esta sessão, porque os investidores não sabem quais indicadores assimilar", explica Pereira.

No ambiente europeu, os leilões da Espanha e da França conseguiram vender acima da máxima prevista, com juros altos.
Junto a isso, o bom desempenho da BMW e do banco Société Générale, através de seus balanços trimestrais, conseguiu segurar a valorização das bolsas da Europa.
O bom humor dos investidores foi afetado pelos indicadores dos Estados Unidos.
Contribui para o pessimismo a manutenção da política monetária da Zona do Euro, publicada nesta sessão por Mario Draghi, presidente do Banco central Europeu (BCE), sugerindo que não haverá nova injeção de liquidez nos mercados do continente. "Essa informação derruba o otimismo de qualquer agente do mercado".
Desta maneira, os mercados da região devem fechar com retração. Há pouco, o DAX, de Frankfurt, retrocedia 0,19%; em Paris, o CAC-40 ganhava 0,09% e em Londres, o FTSE valorizava 0,12%.
Em Wall Street, as novas solicitações de auxílio-desemprego surpreenderam os analistas ao recuar para 365 mil novos pedidos nesta semana.
"Esse indicador impulsionou o Ibovespa e os mercados americanos no início do pregão", acrescenta o analista da Futura.
Por outro lado, a produtividade do trabalhador, que recuou 0,5%, e o índice de atividade do setor de serviços dos Estados Unidos, que registrou 53,5 pontos, foram pontos de referência negativos para os investidores mundiais, que passaram a operar com cautela.
Neste contexto, o Nasdaq, índice de tecnologia, recua 0,43%. O Dow Jones tem baixa de 0,12% e o Standard & Poor's desacelera 0,23%.
Por aqui, o principal índice paulista opera com retração, assimilando os indicadores americanos. O Ibovespa caía 0,61%, aos 62.044 pontos, com giro financeiro de R$ 2,7 bilhões.
"O Ibovespa não cai de maneira mais acentuada, porque as expectativas pelo payroll contribuem para a indefinição do mercado", afirma Pereira.
Os agentes domésticos aguardam as medidas que serão tomadas em relação à poupança. A decisão deve ser emitida após a reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Na agenda corporativa, destaque para o balanço trimestral do Banco do Brasil, que reportou lucro líquido 7,5% inferior se comparados aos três primeiros meses de 2011.
Destaques
As ações da Gafisa (GFSA3) figuram entre as maiores altas do dia, com avanço de 5,72%.
Na contramão, os papéis da Tim (TIMP3) lideram as baixas, com queda de 4,51%.
Câmbio
No mercado cambial, o dólar sobe 0,20% em relação ao real, cotado a R$ 1,9270 para compra e R$ 1,9290 para venda.

Fonte: Brasil Econômico

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