Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Economia global ruma ao subdesempenho", diz Troyjo


Falta de coordenação macroeconômica, revitalização do individualismo por parte de diferentes países e a ineficiência das instituições multilaterais projetam para a economia global um quadro de baixo desempenho.
Este foi o diagnóstico apresentado pelo professor da Universidade Columbia e articulista do Brasil Econômico, Marcos Troyjo, durante a Conferência "Em Busca de Estratégias para Restaurar a Estabilidade e o Crescimento Globais".
O encontro foi realizado de 2 a 4 de maio pelo Chicago Council on Global Affairs no Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em sua sucursal de Chicago.
A conferência reuniu 50 especialistas de diferentes países, com vistas a encaminhar recomendações para as reuniões de Cúpula do G8 e do G20, que acontecem em 18 e 19 de maio e 18 e 19 de junho, respectivamente.
De acordo com Troyjo, nos últimos 5 anos, a utilização de políticas industriais que favorecem conteúdo nacional deixaram de ser um "recurso pontual" de nações emergentes e passaram a ocupar o centro do debate de países desenvolvidos, de que são exemplo as campanhas presidenciais nos Estados Unidos e na França.
Recentemente, "políticas de fomento econômico, seja de natureza industrial, monetária ou fiscal, tornaram-se crescentemente 'individualistas', o que sinaliza um 'renascimento' do Estado-Nação como principal ator da cena global", aponta o professor.
Troyjo acredita que o enfraquecimento da integração econômica regional, exemplificada pelas dificuldades enfrentadas pela União Européia, e a inadequação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial ante a dimensão dos desafios econômicos globais, levam a atitudes do tipo "cada-um-por-si" de grande ineficência sistêmica. Portanto, a retomada global se dá com o "freio-de-mão puxado".
Em conclusão, Troyjo assinalou que, apesar das instabilidades globais, "o Brasil tem uma grande chance de utilizar suas vantagens comparativas nos biocombustíveis, agronegócio e petróleo para direcionar sua economia a setores mais intensivos em tecnologia".

Fonte: Brasil Econômico

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