Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 1 de março de 2012

"Vamos seguir com medidas no câmbio", diz Mantega


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje (1/3) as medidas adotadas pelo governo para evitar a valorização do real e disse que a equipe econômica não ficará apenas assistindo à guerra cambial.
Nesta manhã, novas medidas foram anunciadas para conter a excessiva valorização do real ante o dólar.
"O governo não ficará assistindo impassível a essa guerra cambial. Nós temos que nos defender", disse Mantega, em entrevista coletiva. "O governo continuará tomando medidas para que o real não se valorize, prejudicando a produção brasileira", acrescentou.
O Decreto 7.683, publicado nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União, altera o prazo de dois para três anos da cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de empréstimos contratados a partir de 1º de março de 2012, para ingresso de recursos no país.
Mantega lembrou que a prática de adotar esse tipo de medida era condenada até pouco tempo, mas, diante da crise atual, passou a ser recomendada até pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O Fundo que não pensava assim, começou a pensar dessa forma principalmente depois que o Brasil começou a fazer medidas de intervenção no câmbio que tem sido bem-sucedidas", destacou.
O ministro citou um estudo recente do FMI que recomenda a intervenção no câmbio principalmente em países emergentes, pois essas economias estão mais sujeitas à entrada e à saída de capitais estrangeiros, com eventuais prejuízos econômicos.
Para o ministro, o dinheiro que vem ao Brasil para ser investido na produção é bem-vindo, mas o capital especulativo deve ser restringido.
Mantega enfatizou ainda que, neste sentido, o governo vem adotando medidas que incluem tanto mudanças no IOF quanto operações de compra de dólares no mercado financeiro brasileiro de forma a reforçar as reservas internacionais mantidas no Banco Central e enxugar o excesso da moeda americana em circulação.
"Vamos continuar comprando reservas e, na medida do necessário, vamos continuar tomando medidas que vão punir e vão diminuir a rentabilidade do excesso de capital estrangeiro no Brasil", disse ele.

Fonte: Brasil Econômico / Agência Brasil

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