Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 6 de março de 2012

Brasil atinge recorde de investimentos estrangeiros

Até 2014, país passará a ser o terceiro maior receptor de investimento produtivo do mundo
Apesar dos problemas históricos do Brasil com burocracia e corrupção, que são responsáveis por um dos maiores defeitos do país, a péssima qualidade dos serviços públicos básicos, investidores estrangeiros parecem enxergar aqui um grande potencial de crescimento. O Brasil atualmente atrai mais capital produtivo do que nunca: só de 2005 a 2011 foram 220 bilhões de dólares. “E serão pelo menos mais de 250 bilhões até 2016”, diz Luis Afonso Fernandes Lima, economista-chefe da Telefônica.
Uma prova da estabilidade brasileira é o fato de que ano passado o Brasil passou a ser o quarto maior receptor de investimento produtivo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e do Reino Unido. Dos 67 bilhões de dólares que entraram, a maior parcela, ou cerca de 90%, foi destinada a novos projetos e à expansão da capacidade de produção, enquanto apenas uma fração pequena representava a compra de empresas.
Projeções do banco de investimento Credit Suisse apontam que até 2014, o Brasil deve alcançar o inédito terceiro lugar no ranking de investimentos, ultrapassando o Reino Unido, além de ter se tornado a quinta maior economia do mundo. “O Brasil vive o melhor momento de captação de investimento estrangeiro da sua história. Há mais dinheiro do que bons projetos no país”, diz Marcelo Kayath, sócio local do Credit Suisse.
A falta de capital, que dificultava o crescimento da economia, foi um problema no Brasil por muito tempo, assim como em outros países em desenvolvimento. Ainda existem vários problemas crônicos no país dificultando o crescimento do país, mas por enquanto não será por falta de dinheiro que ele deixará de crescer. No entanto, o aumento do fluxo de investimento torna a administração da economia mais complexa, e a valorização do real tem consequências duras para mercados locais.
Fonte: JMA-Jornal Meio Ambiente | Opinião e Notícia
* Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.

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