Rio de Janeiro - A queda nos preços de vários itens alimentícios e dos transportes ajudaram a conter a inflação em fevereiro. De acordo com dados divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, diminuiu para 0,45% em fevereiro, depois de registrar 0,56% em janeiro. O resultado também ficou abaixo do apurado em fevereiro de 2011 (0,8%).
Segundo o documento do IBGE, a taxa do grupo alimentação e bebidas diminuiu de 0,86% em janeiro para 0,19% em fevereiro. Ficaram mais baratos principalmente os itens consumidos no domicílio, cuja taxa passou de 0,68% para –0,03%. É o caso das carnes (de -0,64% para –1,99%), que exerceram o segundo maior impacto para baixo no mês.
Também pesaram menos no orçamento das famílias o tomate (de 8,09% para –16,96%), o açúcar refinado (de –0,75% para –3,67%), o macarrão (de –0,96% para –2,8%), o açúcar cristal (de –1,23% para –2,38%), a batata-inglesa (de 8,01% para –0,87%), o queijo (de 1,71% para –0,41%) e a cerveja para consumo doméstico (de 0,38% para –0,21%).
Por outro lado, o IBGE apurou alta nos preços do feijão-preto (de 5,42% para 14,4%), da cebola (de –4,08% para 12,12%) e do frango em pedaços (de –0,13% para 0,76%).
Já a taxa do grupo transporte ficou em - 0,33% depois de registrar alta de 0,69% em janeiro. A principal contribuição para a queda partiu das passagens aéreas, que ficaram mais baratas de um mês para o outro (de 10,61% para –8,84%).
Ainda segundo o levantamento, subiram com menos intensidade os gastos com ônibus urbanos (de 2,54% para 0,72%) e ônibus intermunicipais (de 3,23% para 1,07%). As tarifas dos interestaduais tiveram queda de 0,53%.
Ainda no grupo transportes, os combustíveis ficaram tiveram redução mais intensa nos preços (de–0,45% para –0,83%). A gasolina passou de –0,35% em janeiro para –0,40% em fevereiro, em consequência da maior queda de preços do etanol (de –1,25% para - 2,87%).
Também tiveram decréscimos as taxas de artigos de residência (de 0,16% para 0,06%); vestuário (de 0,07% para -0,23%); e comunicação (de 0,21% para –0,17%).
Já o grupo educação (de 0,39% para 5,62%) apresentou a maior variação no mês. De acordo com o IBGE, o resultado reflete os reajustes no início do ano letivo, com destaque para os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que ficaram 6,93% mais caras e representaram o maior impacto individual no mês.
Fonte: Agência Brasil
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