Índice voltou ao patamar de 65 mil pontos, pressionado por dados da China e da Zona do Euro.
A China e a Europa voltaram a pressionar as bolsas nesta quinta-feira (22/3), levando o Ibovespa a fechar com queda de 1,54%, a 65.828 pontos. Nem mesmo dados melhores do que o esperado nos Estados Unidos foram capazes de reduzir o mau humor do mercado.
O principal índice da bolsa brasileira sucumbiu ao peso dos papéis ligados a commodities, com destaque para as quedas das ações preferenciais da Vale (2,07%) e da Gerdau (3,03%), além do recuo de 2,91% das ordinárias da CSN.
"A China já vem prejudicando esses papéis há alguns dias e hoje não foi diferente", explica Murilo Dutra, da Técnica Assessoria de Mercados de Capitais.
Neste pregão, o pessimismo advém do Índice Gerentes de Compras da indústria chinesa, que mostrou uma queda na atividade, atingindo 48,1 pontos.
Além da China, a pressão é acentuada pelo indicador de atividade industrial da Zona do Euro, que caiu de 49,3 para 48,7 pontos em março. "Os dados indicam que o bloco pode estar caminhando para uma nova recessão", explica Dutra.
Com isso, as bolsas fecharam em baixa na região. Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,79%. Em Frankfurt e Paris, os índice DAX e CAC-40 tiveram quedas mais acentuadas, de 1,27% e 1,56%, respectivamente.
Já nos Estados Unidos, os dados foram positivos, com os pedidos de auxílio-desemprego caindo para 348 mil, enquanto o mercado esperava um aumento para 354 mil novas solicitações. Além disso, os indicadores antecedentes também ficaram levemente acima do esperado, em 0,7%, contra a estimativa de 0,6%.
Porém, o mercado americano acompanhou o mau humor geral e fechou em queda. O Dow Jones recuou 0,60%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq caíram 0,72% e 0,39%, nesta ordem.
No plano doméstico, o dia também foi agitado. Além do noticiário corporativo, os investidores avaliaram a prévia da inflação oficial, que recuou para 0,25% em março, e a taxa de desemprego, que subiu para 5,7% em fevereiro.
Para a última sessão da semana, a expectativa é de maior calma no mercado, com a agenda mais vazia, segundo Dutra.
Destaques
A JBS liderou as perdas do Ibovespa neste pregão, pressionada por um lucro 85% menor do que o estimado pelo mercado. As ações da companhia encerraram o dia com baixa de 6,72%, cotadas a R$ 7,63.
Na outra ponta do índice, os papéis da Vanguarda Agro tiveram a maior alta do dia, subindo 2,32%, para R$ 0,44.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a sessão com leve alta de 0,05%, cotado a R$ 1,8200 na compra e R$ 1,8220 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
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