Por Felipe Peroni / Luciana Otoni/Reuters
No quarto trimestre, a economia brasileira teve expansão de 0,3%.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,7% em 2011, em linha com as expectativas do mercado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No quarto trimestre do ano, o PIB, soma dos bens e serviços produzidos na economia, avançou 0,3%, uma aceleração ante o terceiro trimestre, em que a economia teve contração de 0,1%.
Nos últimos três meses do ano, a expansão da economia foi puxada pelo consumo das famílias, que registrou crescimento de 1,1%. Por sua vez, o investimento subiu a ritmo menor, com 0,2%.
Já os gastos do governo avançaram 0,4% ante o trimestre anterior.
No setor externo, as importações, com peso negativo no PIB, tiveram alta de 2,6%. Já as exportações expandiram a ritmo menor, com avanço de 1,9%.
Na análise por setores da oferta, a indústria foi o único segmento a apresentar retração, com queda de 0,5% no quarto trimestre.
A agropecuária teve expansão de 0,9%, e os serviços avançaram 0,6%.
Na comparação do quarto trimestre de 2011 com o quarto trimestre de 2010, o PIB cresceu 1,4%.
Crescimento modesto
Em 2011, o PIB brasileiro foi marcado por crescimento moderado. Após uma expansão de 0,6% no primeiro trimestre, a economia avançou 0,5% no segundo trimestre, e teve contração de 0,1% no terceiro trimestre.
Em 2010, a economia brasileira teve expansão de 7,5%.
No ano, a agropecuária teve expansão de 3,9%, enquanto os serviços avançaram 2,7%. Também nessa comparação, a indústria tem o pior desempenho, com alta de 1,6%.
Em 2011, o investimento teve destaque, com aumento de 4,7%. O consumo das famílias avançou 4,1%, enquanto os gastos do governo cresceram 1,9%.
No ano, a taxa de investimento caiu para 19,3% do PIB, frente a 19,5% em 2010.
Por sua vez, com a valorização do real em 2011, as importações tiveram forte alta, de 9,7%. Já as exportações cresceram 4,5%.
Em 2011, o PIB foi, em média, de R$ 21.252 por habitante, apresentando uma alta de 1,8% em relação a 2010.
Crescimento do PIB brasileiro em 2011
Comparação com o trimestre anterior. Fonte: IBGE
O ministro disse ainda que o governo não vai permitir a valorização do real em relação ao dólar para não causar prejuízos à indústria.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (6/3) que o governo tomará novas ações ao longo deste ano para garantir um crescimento mais forte da economia e que, mesmo com China crescendo menos, é possível equilibrar o câmbio no Brasil e indústria terá mais estímulos.
Ele acrescentou que os bancos públicos continuarão reduzindo juros e spreads.
Mantega reafirmou que o crescimento econômico vai se acelerar ao longo de 2012, atingindo o ápice no segundo semestre, com alta anualizada de 5%.
O ministro disse ainda que o governo não vai permitir a valorização do real em relação ao dólar para não causar prejuízos à indústria.
"O câmbio é uma variável importante e temos todos os instrumentos para garantir que o real não vai se valorizar. Podemos tomar outras medidas", afirmou o ministro da Fazenda. "Vamos manter o real desvalorizado com o arsenal de medidas que temos", emendou.
Fonte: Brasil Econômico / Reuters
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