Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Atuação de Lula na proposta de autonomia do BC contrariou Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou há algumas semanas as conversas sobre a proposta de autonomia do Banco Central.

Antes de discutir a questão com o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), autor de um dos projetos sobre o tema em tramitação, Lula tratou do assunto com outros senadores e com empresários.

Assessores do Instituto Lula chegaram a pedir subsídios sobre a matéria para parlamentares aliados, após o ex-presidente tratar da ideia de autonomia com empresários.
Lula foi convencido a se envolver na articulação de bastidores sobre o assunto por dois ex-auxiliares: Antonio Palocci e Henrique Meirelles.

Preocupado com as dificuldades que a presidente Dilma Rousseff terá na reeleição, Lula teria dito, segundo interlocutores que estiveram com ele nas últimas semanas, que uma proposta que garantisse autonomia formal ao BC teria sobre o mercado efeito parecido ao que a "Carta ao Povo Brasileiro" teve para ele próprio na eleição de 2002.

Nessas análises, Lula diz que o empresariado e o setor financeiro desconfiam da disposição de Dilma para o diálogo e do caráter estatizante do governo. E pondera que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ampliou seu trânsito justamente nesses meios.

Ao encontrar com Dornelles na terça-feira, durante sua passagem por Brasília, o ex-presidente foi explícito: "Vamos tocar para a frente esse seu projeto". O senador fluminense relatou a conversa a vários colegas no plenário, na mesma tarde.

A Folha ouviu de três senadores que a defesa feita pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), de pautar a votação da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos faz parte da mesma iniciativa de Lula.

NEGATIVA

O recuo do ex-presidente, ontem, foi motivado pela reação negativa por parte de Dilma. A presidente mobilizou a equipe logo pela manhã.

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) telefonou para várias pessoas para reiterar que o governo é contra a ideia de garantir autonomia formal ao Banco Central.

Renan também tratou do assunto em reunião que se estendeu na noite de terça com senadores de vários partidos.

Fonte: Folha de S. Paulo

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