Flora brasileira também é destaque na mostra internacional/Foto: Tedd Santana
A exposição Brazilian Nature – Mystery and Destiny (“Natureza Brasileira – Mistério e Destino”), que aborda o conhecimento sobre a diversidade biológica do Brasil, foi inaugurada na quinta-feira, 2 de fevereiro, em Heidelberg (ALE), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Museu da Universidade de Heidelberg.
Promovida em parceria com o Jardim Botânico e a Biblioteca da Universidade de Heidelberg, a exposição será aberta ao público nesta sexta-feira (03) e poderá ser visitada até o dia 29 de junho.
A mostra tem como referência principal a Flora Brasiliensis, obra do botânico alemão Carl Philipp von Martius (1794-1868), que mesmo 171 anos após ter seu primeiro volume publicado permanece como o mais completo levantamento da flora brasileira.
Com reproduções de imagens, ilustrações e textos explicativos, os 37 painéis que compõem a exposição foram concebidos com base nos dados provenientes de três projetos apoiados pela Fapesp: a Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, a Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e o programa Biota-Fapesp.
Representantes dos três projetos auxiliaram na compilação do conteúdo da mostra, que já foi apresentada com sucesso no Museu do Jardim Botânico de Berlim, em 2008, na Haus der Wissenschaft, em Bremen, em 2009, na Universidade de Leipzig e no Woodrow Wilson Center (Washington), em 2011.
A cerimônia de inauguração da exposição contou com a participação do diretor do Museu da Universidade de Heidelberg, Matthias Untermann, do diretor do Jardim Botânico, Marcus Koch, e do professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), Luciano Martins Verdade, membro da coordenação do Programa Biota-Fapesp.
Durante a cerimônia, Untermann destacou a alta qualidade da exposição, que reflete a excelência da produção científica brasileira no campo da biodiversidade. “Agradecemos à Fapesp pela iniciativa dessa exposição, que apresenta uma visão tão bela e interessante da biodiversidade brasileira."
Koch, que é professor catedrático na área de Biologia da Universidade de Heidelberg, disse que a exposição não apenas reflete a imensa diversidade de organismos no Brasil, mas também a qualidade da pesquisa na área de biodiversidade. “É notável observar a ampla gama de diferentes organismos estudados, indicando a originalidade e a qualidade da pesquisa brasileira sobre biodiversidade, que reflete o caráter único da natureza do país”, acrescentou à Agência Fapesp.
Segundo ele, a diversidade biológica é um tema central nos dois países. “Na Alemanha, tivemos grandes perdas de biodiversidade com a destruição de ecossistemas como pântanos, várzeas e florestas. Assim, foram desenvolvidas estratégias nacionais de conservação, restauração e desenvolvimento da biodiversidade. Por outro lado, a biodiversidade brasileira tem um papel fundamental no funcionamento do ecossistema global. Por isso o debate sobre a biodiversidade é central nos dois países”, observou.
Fonte: JMA-Jornal Meio Ambiente | Redação Ecod
Nenhum comentário:
Postar um comentário