Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Esforço fiscal abre espaço para queda de juros em 2012, diz BC


Por Luciana Cobucci - Direto de Brasília
Os governos federal, estaduais e municipais, além das empresas estatais (menos a Petrobras) economizaram, em janeiro deste ano, R$ 26,016 bilhões para pagar os juros da dívida pública - o equivalente a 18,6% da meta prevista para o ano, que é de R$ 139,8 bilhões. Para o Banco Central (BC), o cumprimento do superávit primário - a economia feita para pagar os juros da dívida - pode ajudar o governo a acertar a previsão de juros básicos abaixo de 10%, estimativa feita na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Segundo o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, o resultado fiscal de janeiro, que foi o melhor para meses de janeiro desde o início da série histórica do BC (2001) e o segundo melhor da história,abre espaço para a prometida redução na taxa básica de juros, a Selic, em 2012. "Frente a um crescimento estimado da economia de 3,5% e a meta de superávit primário que está estabelecida, isso se traduz nessa trajetória de queda de juros", disse.
De acordo com Maciel, a arrecadação de impostos do mês passado, que ultrapassou, pela primeira vez na história, a marca dos R$ 100 bilhões, também é um fator que influencia positivamente na queda da taxa Selic. "A arrecadação certamente ajuda nesse cenário. Foi um resultado muito bom o de janeiro, pode-se dizer que o aumento da receita tem contribuído para esses resultados. De janeiro de 2011 para janeiro de 2012, houve um crescimento de 12,7% nas receitas totais", afirmou o chefe do BC.
Mesmo com o superávit alto, a dívida líquida do governo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - a soma de todas as riquezas produzidas no País - aumentou em janeiro na comparação com dezembro do ano passado. No primeiro mês de 2012, a relação dívida/PIB ficou em 37,2%, contra 36,5% em dezembro, contrariando expectativas da própria autoridade monetária (37%). "A nossa previsão para fevereiro é que essa relação fique em 37,5%", disse Maciel.
 
Fonte: Terra

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