A economia americana cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, contra 2% nos três primeiros meses de 2012, informou nesta sexta-feira o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O Escritório de Análises Econômicas atribuiu a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) americano a um menor ritmo de expansão no consumo e investimentos. Os gastos de consumo pessoal cresceram 1,5% entre abril e junho, o pior resultado em um ano, comparado com um aumento de 2,4% nos três meses anteriores.
Os gastos com bens duráveis, que haviam crescido 11,5% no primeiro trimestre, decresceram 1% no segundo. Os dados são revisados periodicamente e a próxima revisão dos números divulgados nesta sexta-feira será no dia 29 de agosto.
Os resultados estão dentro das estimativas do mercado e não chegam a surpreender os analistas, mas representam um desafio para a campanha à reeleição do presidente Barack Obama.
Obama tem sido fortemente criticado pelos rivais do Partido Republicano por seu desempenho na área econômica, porque o ritmo de expansão da economia - pelo 12º trimestre consecutivo - não conseguiu reduzir o desemprego para abaixo do nível atual de 8,2%.
Recuperação
Os analistas preveem uma melhora econômica para os EUA na segunda metade deste ano. Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), o país deve encerrar 2012 com um crescimento econômico de 2%.
Por outro lado, o Fundo considera que o maior risco de desaceleração é o chamado "abismo fiscal", denominação para o fim de isenções fiscais e o corte automático de gastos do governo a partir de janeiro do ano que vem. O cronograma pode ser refeito pelo Congresso.
Se nada for feito para mitigar o "abismo fiscal", disse o FMI, o crescimento americano no ano que vem, projetado em 2,3%, será menor, "bem abaixo de 1%", com a possibilidade de corroer a dinâmica econômica já a partir do fim deste ano.
Os dados divulgados nesta sexta-feira mostram que a economia de gastos dos governos estaduais e municipais - ainda que menores que no primeiro trimestre - continuaram freando o crescimento econômico.
Por outro lado, as exportações continuaram a subir entre abril e junho (5,3% em relação ao trimestre anterior), indicando o acerto da estratégia do governo de aumentar as vendas para o mercado externo, apesar da demanda enfraquecida na zona do euro.
Fonte: BBC Brasil
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