Tendência é de que pequenas variações na cotação da moeda sigam na próxima semana.
A exemplo do que já ocorreu nos outros pregões desta semana, a variação do dólar frente ao real mais uma vez percorreu uma banda bastante limitada nesta sexta-feira (13/7), com o respeito do mercado ao patamar imposto pelo governo.
Um dos dados mais esperados pelos investidores, o Produto Interno Bruto (PIB) da China divulgado nesta manhã, apesar de ter sido o menor desde o primeiro trimestre de 2009, veio próximo das expectativas, o que permitiu um dia de maior apetite por risco.
A moeda americana encerrou os negócios contra o real em leve queda de 0,14%, cotada a R$ 2,035 para compra e R$ 2,037 para venda. No acumulado da semana, a divisa registrou valorização de 0,49%.
O Dollar Index, índice que mede a variação da moeda americana ante as divisas de seis economias mundiais, recuava 0,41%, aos 83.317 pontos.
"Com um dia sem novidades, a expectativa era de o dólar flutuar dentro de um parâmetro não muito largo", afirma Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.
"Estamos acompanhando o mercado internacional, que não teve nada de tão maravilhoso nem de tão ruim. O PIB chinês caiu, mas ficou dentro do esperado. O medo era que ele viesse muito abaixo do que saiu", comenta Battistel.
O PIB chinês avançou 7,6% no segundo trimestre, frente ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre, a taxa de crescimento era de 8,1%. Na comparação com o primeiro trimestre, a expansão foi de 1,8%.
Se não tivermos notícias inesperadas nos próximos dias, Battistel, assim como todo o mercado, não vê condições para a cotação da moeda americana fugir do intervalo entre R$ 2,00 e R$ 2,05.
"Vamos continuar tendo pequenas variações", diz o gerente da Fair.
Como os índices inflacionários se encontram sob controle, o governo deve permitir que o real siga a rota de desvalorização, até se aproximar de níveis próximos de R$ 2,08, fala o especialista. "A partir daí, eventualmente eles vão intervir", pontua.
Os cortes promovidos pela autoridade monetária na taxa de juros tiram atratividade para os estrangeiros aportarem seu capital no país.
Ainda assim, o Brasil continua pagando juros positivos, ao contrário de muitas nações que já praticam juros negativos na tentativa de tirar suas economias do buraco.
"Tem gente que prefere aplicar nos treasuries americanos, que implicam mais na segurança do que no prêmio pago", afirma Battistel.
Fonte: Brasil Econômico
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