Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Piora no Brasil desacelera produção global de biocombustíveis

A produção global de biocombustíveis deve desacelerar no médio prazo, em razão da piora das perspectivas para o setor no Brasil e a saturação do mercado nos Estados Unidos, afirma a Agência Internacional de Energia (AIE). A projeção de oferta para o período entre 2010 e 2016 foi reduzida, em média, em 130 mil barris por dia por ano. Dessa forma, o aumento global da produção deve ser de apenas 400 mil barris por dia no período, abaixo da estimativa anterior, de 500 mil.
"O crescimento mais fraco no médio prazo construiu a base para um perfil mais morno à frente", afirma relatório divulgado pelo órgão. Em 2011, a produção global de biocombustíveis deve ficar em 1,8 milhão de barris por dia, praticamente no mesmo nível de 2010, o que configura a menor taxa de crescimento anual da última década.
A produção brasileira de etanol em 2011 deve sofrer redução de 75 mil barris por dia, para 375 mil, em virtude da fraca safra de cana-de-açúcar e da alta no preço do açúcar. O governo está tentando suavizar o desequilíbrio entre oferta e demanda no curto prazo com novas obrigações de estoques e aumento da regulação do setor, diz o relatório. "Mesmo assim, os desafios econômicos da produção e o desinvestimento (em capacidade de produção de cana e etanol) devem persistir no médio prazo", afirma a AIE.
A entidade reduziu a projeção para a produção brasileira em 100 mil barris por dia ao ano, em média, entre 2012 e 2016. A produção deve atingir "apenas" 530 mil barris por dia em 2016, com risco de novo rebaixamento em razão das incertezas sobre futuros investimentos.
A produção de etanol dos Estados Unidos deve ficar em 900 mil barris por dia em 2011, em linha com a estimativa da AIE. O crescimento da oferta tende a desacelerar no médio prazo, com o fim do crédito fiscal de US$ 0,45 por galão e o enfraquecimento do investimento em destilaria em meio à saturação do mercado norte-americano. A projeção de etanol dos Estados Unidos deve atingir 980 mil barris por dia em 2016.
Fonte: Jornal do Meio Ambiente

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