Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O novo plano da ONU: energia limpa para todos


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Estamos chegando um ponto irreversível", sentenciou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertando a comunidade internacional sobre as consequências da mudança climática e a necessidade de acabar com a pobreza energética mundial de forma sustentável.
Os comentários foram feitos durante a  sessão de abertura da Cúpula Mundial Sobre a Energia do Futuro, que marcou o início oficial do Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. Antes que você revire os olhos diante de outra iniciativa da ONU de nome pomposo, analise seus objetivos. Eles tentam solucionar dos grandes desafios do nosso tempo: levar eletricidade a bilhões de cidadãos pobres do mundo sem causar o colapso do sistema climático global.
"Eu entendo o poder da energia de forma direta. Quando era menino na Coreia do pós-guerra, uma única lâmpada me permitiu estudar dia e noite”, recordou Ban Ki-moon. “Quero que meninos e meninas de todo o mundo tenham a mesma oportunidade”.
Energia Sustentável para Todos é o resultado da Resolução 65/151 da Assembléia Geral da ONU, aprovada em 2010. Segundo sua carta, "esta iniciativa envolverá governos, o setor privado e parceiros da sociedade civil em todo o mundo com o objetivo de garantir energia sustentável para todos, e atingir três grandes metas até 2030".
Estas metas são:
•    Garantir o acesso universal aos modernos serviços de fornecimento de energia
•    Dobrar a taxa de crescimento da eficiência energética
•    Dobrar a participação da energia renovável no mundo
"A pobreza energética ainda condena bilhões à escuridão, a oportunidades perdidas”, declarou Ban Ki-moon. "A pobreza energética precisa acabar. O desenvolvimento não é possível sem energia".
Em seguida, o secretário-geral citou algumas estatísticas conhecidas: uma em cada cinco pessoas do mundo não tem acesso à eletricidade;  três bilhões ainda precisam de carvão e esterco para cozinhar (o que gera sérios riscos à saúde devido à aspiração da fumaça).
No entanto, se a eletricidade para estes  três bilhões de pessoas viesse de usinas movidas a carvão (como muitos de nós), o planeta estaria em apuros. A Agência Internacional de Energia calcula que a demanda de energia global aumentará 50% em meados do século, estimulada sobretudo pelo crescente acesso à internet dos países em desenvolvimento. Diante disso, a ONU quer que a energia necessária aos mais pobres venha de fontes limpas, e não da queima de combustíveis fósseis, o que é essencial para que o planeta permaneça habitável.
Segundo Ban Ki-moon, “temos que disseminar exemplos de energia limpa, precisamos de inovações que possam ser aplicadas nos países em desenvolvimento. Precisamos de parcerias com o setor privado. Precisamos de lideranças visionárias. Acabar com a pobreza energética é só metade da equação”. 
"Nosso planeta está superaquecido. Precisamos desligar o termostato global. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas afirma que as emissões de gases do efeito-estufa precisam ser reduzidas pela metade até 2050 para que se mantenham as temperaturas nos níveis pré-industriais”.
E qual é a urgência de optarmos por fontes limpas de energia em detrimento dos combustíveis fósseis para alimentar o crescimento nas próximas décadas?
"Segundo a Agência Internacional de Energia”, alertou Ban Ki-moon, “estamos chegando a um ponto irreversível”

Fonte: Jornal do Meio Ambiente

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