Dificuldade de adaptação pode extinguir animais e vegetais de microáreas.
Pesquisa diz ainda que mortalidade de espécies pode estar subestimada.
Espécies nativas, que vivem em áreas específicas, podem ser as primeiras a desaparecer devido à mudança climática, indica uma pesquisa feita por cientistas dos Estados Unidos, divulgada nesta quarta-feira (4).
Segundo os autores, especialistas em biologia das Universidades de Connecticut e de Washington, estudos já realizados e que abordam o aquecimento global não contemplariam interações que já ocorrem na biodiversidade (animais e vegetais), como a movimentação e competição entre espécies. Tais fatores não considerados até então podem subestimar a extinção de espécies.
De acordo com Mark Urban, principal responsável pelo estudo, já existem provas de que animais e plantas já se movem em resposta às alterações no clima.
Ele cita como exemplo que, devido à elevação da temperatura, espécies que não podem receber calor devem se deslocar para altitudes mais elevadas, onde o frio é predominante. Entretanto, de acordo com os cientistas, nem todas as espécies conseguirão se dispersar rapidamente e podem morrer por isso, tendo seu lugar ocupado por outra espécie.
Espécies animais e vegetais de regiões tropicais,
como a Amazônia, seriam afetadas primeiramente,
segundo estudo. (Foto: Divulgação)
como a Amazônia, seriam afetadas primeiramente,
segundo estudo. (Foto: Divulgação)
Modelos
De acordo com um sistema matemático desenvolvido nesta pesquisa, animais endêmicos e que só existem em regiões específicas poderão ser extintos mais rapidamente devido à dificuldade de dispersão.
De acordo com um sistema matemático desenvolvido nesta pesquisa, animais endêmicos e que só existem em regiões específicas poderão ser extintos mais rapidamente devido à dificuldade de dispersão.
Em regiões tropicais do planeta, o que incluiria a América do Sul (e o Brasil), poderiam ser afetadas diretamente pelas alterações climáticas.
Fonte: Globo Natureza
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