Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Arquitetos transformam Beirute em um mega jardim suspenso

JMA- Jornal Meio Ambiente da Exame.com

Vanessa Barbosa
Projeto "Beirut Wonder Forest", do Studio Invisible
São Paulo – Beirute, capital do Líbano, já foi uma das mais belas e desenvolvidas cidades, sendo considerada a Paris do Oriente Médio até a década de 1970, quando uma guerra civil modificou boa parte de sua fisionomia. Depois, mais um episódio - o bombardeio de Israel, em 2006 - abalou novamente suas estruturas.
De lá pra cá, a região vem recuperando sua antiga fama, tornando-se uma cidade de contrastes, que concentra no mesmo espaço prédios modernos e construções antigas imponentes que sobreviveram a anos de bombardeios. Do ponto de vista estético, ela é realmente bela. Mas tem um problema. Quase não há áreas verdes públicas na cidade, a única é o parque Sanayeh. Vista do alto, tanto concreto dá um tom cinza à cidade.
Pensando num visual mais ecológico e capaz de renovar o ar da capital libanesa, o escritório de arquitetura Studio Invisible projetou um gigante jardim suspenso, que prevê a simples instalação de árvores no topo de todos os edifícios da cidade. Cada árvore ficaria presa por fios de aço que impediriam acidentes durante fortes ventanias. Segundo os arquitetos, espécies de pequeno porte, como a amoreira-branca e a oliveira, se adaptariam bem ao clima mediterrâneo.
Longe de garantir apenas um novo visual para a cidade, o jardim suspenso chamado de Beirut Wonder Forest melhoraria os níveis de oxigênio, gerando um ambiente mais saudável. Além disso, a camada de árvores forneceria sombra e, consequentemente, amenizaria o clima, cada vez mais quente e árido, que por sua vez levaria a um menor nível de consumo de energia nos prédios. Mais, dependendo da escolha de árvores e plantas, estes jardins poderim evoluir para um tipo de agricultura urbana, gerando uma produção pequena, mas valiosa.
Como botar isso em prática? O estúdio espera uma solução pragmática: a criação de um decreto municipal que exija que cada edifício cresça um jardim no terraço. Como incentivos, o município poderia oferecer redução de impostos ou benefícios para os edifícios que mantenham um jardim no último piso bem cuidado, e as empresas de jardinagem também dariam descontos para manutenção do telhado verde.

Fonte: Jornal do Meio Ambiente

Nenhum comentário:

Postar um comentário