Por Rogerio Wassermann
O Brasil e outros seis países do G20 foram citados no comunicado final da reunião de cúpula do grupo, encerrada nesta sexta-feira em Cannes, na França, como economias com finanças públicas sólidas e capazes de estimular seus mercados internos se a situação global piorar.
A citação, em um anexo ao comunicado chamado "Plano de Ação para Crescimento e Empregos", aparece em meio à definição das medidas que cada país do grupo poderá adotar para ajudar na recuperação econômica global.
Segundo o documento, Brasil, Austrália, Canadá, China, Alemanha, Coreia e Indonésia, que se encontram nessa situação, se comprometem "a deixar suas medidas automáticas de estabilização (como corte ou elevação de juros, por exemplo) funcionarem e a tomar medidas adicionais para apoiar a demanda doméstica se a situação econômica piorar".
Os países europeus, por sua vez, se comprometem, no texto, a adotar uma série de medidas para ajudar na recuperação da crise e garantir a estabilidade da zona do euro.
Entre elas estão medidas para o saneamento das contas públicas, em especial nos países "que enfrentam dificuldades específicas em seus mercados para dívida soberana" e para aumentar a confiança no setor bancário.
O plano de ação prevê ainda que, no médio prazo, os países com superávit comercial (como a China, a Alemanha e o Japão, não citados nominalmente no documento), devem adotar medidas para estimular a demanda doméstica. Isso evitaria as distorções provocadas pelo peso excessivo que as exportações têm sobre essas economias.
O texto diz ainda que a China, criticada pela política de câmbio controlado que manteria sua moeda artificialmente desvalorizada, se compromete a "seguir para uma conversibilidade gradual do iuan e reduzir o ritmo de acumulação de reservas".
Fonte: BBC Brasil
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